ATIVIDADE ALELOPÁTICA DE EXTRATOS DE PLANTAS DE COBERTURA SOBRE SOJA, PEPINO E ALFACE
Keywords:
Alelopatia. Cobertura vegetal. Extratos aquosos.Abstract
A alelopatia pode ser definida como qualquer efeito, direto ou indireto, benéfico ou prejudicial, de uma planta sobre a outra, por meio da liberação de compostos químicos no ambiente. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar, em laboratório, as propriedades alelopáticas de extratos aquosos das plantas de cobertura canola (Brassica napus L. var), crambe (Crambe abyssinica Hochst), crotalária (Crotalaria juncea), linhaça (Linum usitatissimum L.) e nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) nas concentrações de 0; 12,5; 25; 50 e 100%. As plantas utilizadas nos extratos aquosos foram coletadas no período de floração respectivo de cada espécie. Os testes de germinação das sementes foram realizados em caixas gerbox, biomassa verde e seca, comprimento de raiz e de parte aérea das plantas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial (5x5) com quatro repetições por tratamento. Os resultados obtidos permitem concluir que os extratos testados apresentaram efeito alelopático em plântulas de alface, pepino e soja na maioria dos parâmetros avaliados, porém, para porcentagem de germinação de sementes e biomassa seca de soja, verificou-se efeito não significativo. O extrato de crotalária, independente da concentração, foi o que mais contribuiu para aumento da porcentagem de germinação e crescimento das plântulas. Todavia, o extrato de linhaça demonstrou efeito contrário para esses parâmetros nas concentrações de 100%.Downloads
References
BARRETO, B. C. P. et al. Interferência alelopática de extrato da soja sobre sementes de canola e crambe. Cultivando o Saber, Cascavel, v. 4, n. 2, p. 188-198, 2011.
BORELLA, J.; PASTORINI, L. H. Influência alelopática de Phytolacca dioica L. na germinação e crescimento inicial de tomate e picão-preto. Biotemas, Florianópolis, v. 22, n.3, p. 67-75, 2009.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 395p.
FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 323p.
FERREIRA, D. F. SISVAR: Um programa para análises e ensino de estatística. Revista Científica Symposium, Lavras, v. 6, n. 2, p. 36-41, 2008.
LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: RiMa, 2000.
LIMA, C.; PEREIRA, L. M.; MAPELI, N. C. Potencial alelopático de crotalária, feijão-de-porco e gergelim na germinação e desenvolvimento inicial de picão-preto (Bidens pilosa).Revista Brasileira de Agroecologia, Guarapari, v. 2, n. 2, p.1175-1178, 2007.
LIRA, R. K.; FORTES, A. M. T.; CAMOZZATO, A. M. Alelopatia de espécies forrageiras na germinação e no crescimento da soja. Cultivando o saber, Cascavel, v.3, n.4, p.67-75, 2010.
LISBOA, O. A. de S.; DIDONET, A. D. Efeito alelopático de crotalária e braquiária na germinação de sementes de picão preto, corda-de-viola e alface. XII Congresso Brasileiro de Fisiologia vegetal “Desafios para produção de alimentos e bioenergia”, Fortaleza, p. 166-167, 2009.
MEDEIROS, A. R. M. Alelopatia: importância e suas aplicações. Horti Sul, Pelotas,v.1, n.3, p.27-32, 1990.
MIZUTANI, J. Selectyed allelochemicals. Critical Reviews in Planta Sciences, v.18, n.5,
p.653-671, 1999.
MORAIS, C. S. B. de; SANTOS, L. A. dos; ROSSETTO, C. A. V. Desempenho agronômico da cultura do nabo forrageiro influenciado pelos resíduos de plantas de girassol. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 30, n. 1, p. 117-128, 2014.
MORAIS, P. V. D. et al. Culturas de cobertura com potencial alelopático sobre emergência de Digitaria spp. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife,v.6, n. 2, p.292-299, 2011.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F.C. et al. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: Abrates, 1999. cap. 2, p. 1-24.
NERY, M. C. et al. Potencial alelopático de Raphanus sativus L. var. oleiferus. Informativo ABRATES, Londrina, v. 23, n. 1, 2013.
NÓBREGA, L. H. P et al. Germinação de sementes e crescimento de plântulas de soja (Glycine max L. Merrill) sob cobertura vegetal. Acta Scientiarum Agromomy, Maringá, v.31, n.3, p.461-465, 2009.
OLIVEIRA, Y. A. S. et al. Controle de Brachiaria ruzizienses através do manejo em cobertura e uso do extrato de da crotalária (Crotalária juncea) aplicada via solo. XXVII Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, Ribeirão Preto, 2010.
RICE, E. L. Allelopathy. 2. ed. New York: Academic Press, 1984.
RIZZARDI, A. M. et al. Potencial alelopático de extratos aquosos de genótipos de canola sobre Bidens pilosa. Planta Daninha, Viçosa, v. 26, n. 4, p. 717-724, 2008a.
RIZZARDI, A. M. et al. Potencial alelopático da cultura da canola (BrassicanapusL. var. oleífera) na supressão de picão-preto (Bidens sp.) e soja. Revista Brasileira Agrociência, Pelotas, v.14, n.2, p.239-248, 2008b.
SILVA, J. A. G. et al. Alelopatia da canola sobre o desenvolvimento e produtividade da soja. Revista Brasileira de Agrociência, Pelotas, v.17, n.4, p. 428-437, 2011.
SPIASSI, A. et al. Alelopatia de palhadas de coberturas de inverno sobre o crescimento inicial de milho. Semana: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 2, p. 577-582, 2011.
TOKURA, L. K.; NÓBREGA, L. H. P. Potencial alelopático de cultivos de cobertura vegetal no desenvolvimento de plântulas de milho. Acta ScientiarumAgronomy, Maringá, v.27, n.2, p.287-292, 2005.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).