BIOMETRIA DE SEMENTES DE MULUNGU DE DIFERENTES PLANTAS MATRIZES DO SEMIÁRIDO PARAIBANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n215rc

Palavras-chave:

Morfometria. Erythrina velutina Willd. Fabaceae. Espécie florestal.

Resumo

Erythrina velutina Willd. (Fabaceae) é tolerante à seca e com potencial para reflorestamento no semiárido, cuja resposta dessas sementes às condições ambientais de cada área de produção influenciam no seu tamanho, peso, potencial fisiológico e na sua sanidade. Desta forma, objetivou-se avaliar como as condições ambientais das diferentes regiões paraibanas influenciam nas características biométricas de sementes de E. velutina. Na pesquisa foram utilizadas sementes de 19 plantas matrizes coletadas em Juru, Sumé, Araçagi, Guarabira, São João do Cariri, Esperança, Queimadas, Cuité, Boa Vista e Areia, todas no estado da Paraíba, Brasil. Nas sementes de cada localidade foram determinados: o teor de água, peso de mil sementes e as características biométricas (comprimento, largura e espessura). O teor de água variou de 3,11 a 6,84% e o peso de mil sementes foi maior naquelas das plantas matrizes 2 (Sumé) e 14 (Cuité). O comprimento das sementes variou de 9,00 a 16,84 mm e foi maior naquelas da matriz 1, localizada no município de Juru. A espessura e largura das sementes variou de 5 a 12,99 mm e foram maiores na planta matriz 14 (Cuité). A temperatura, umidade, radiação solar, vento e precipitação causaram variação no comprimento, largura e espessura de sementes de Erythrina velutina Willd., com maiores médias na planta matriz 14 localizada no município de Cuité.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AZEVEDO, C. F.; BRUNO, R. L. A.; QUIRINO, Z. G. M. Manual de frutos sementes e plântulas de espécies da caatinga. Brasília: Kiron, 2014. 95 p.

BENTO, S. R. S. O. et al. Eficiência dos testes de vigor na avaliação da qualidade fisiológica de sementes de mulungu (Erythrina velutina Willd.). Revista Brasileira de Sementes, 32: 111-117, 2010.

BEWLEY, J. D. et al. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. 3.ed., New York: Springer, 2013. 392 p.

BISPO, J. S. et al. Size and vigor of Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan seeds harvested in Caatinga areas. Journal of Seed Science, 39: 363-373, 2017.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: MAPA/ACS, 2009. 395 p.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5. ed. Jaboticabal, SP: FUNEP, 2012. 590 p.

DUTRA, F. V. et al. Análise biométrica de frutos e sementes de Bauhinia forficata L. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 11: 8-12, 2016.

DUTRA, F. V. et al. Biometrical characteristics of fruits and seeds of flamboyant. Scientia Agraria Paranaensis, 16: 127-132, 2017b.

DUTRA, F. V. et al. Morfobiometria de frutos e sementes de Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke. Agropecuária Técnica, 38: 58-64, 2017a.

FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, 35: 1039-1042, 2011.

FONTENELLE, A. C. F.; ARAGÃO, W. M.; RANGEL, J. H. A. Biometria de frutos e sementes de Desmanthus virgatus (L) Willd. nativas de Sergipe. Revista Brasileira de Biociências, 5: 252-254, 2007.

FREITAS, V. L. O.; VIEGAS, F. P.; LOPES, R. M. F. Biometria de frutos e sementes, germinação e desenvolvimento inicial de barbatimão (Stryphnodendron adstringens). Revista Floresta, 44: 21-32, 2014.

GILBERT, B.; FAVORETO, R. Erythrina sp. Fabaceae (Leguminosae, Faboideae). Revista Fitos Eletrônica, 7:185-197, 2012.

GONÇALVES, L. G. V. et al. Biometria de frutos e sementes de mangaba (Hancornia speciosa Gomes) em vegetação natural na região leste de Mato Grosso, Brasil. Revista de Ciências Agrárias, 36: 31-40, 2013.

GUEDES, R. S. et al. Resposta fisiológica de sementes de Erythrina velutina Willd. ao envelhecimento acelerado. Semina: Ciências Agrárias, 30: 323-330, 2009.

GUSMÃO, E.; VIEIRA, F. A.; FONSECA JÚNIOR, E.M . Biometria de frutos e endocarpos de murici (Byrsonima verbascifolia Rich. ex A. Juss.). Cerne, 12: 84-91, 2006.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Índice de organização: malhas territoriais. 2010. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/malhas-territoriais/15774-malhas.html?=&t=downloads>. Acesso em: 01 dez. 2018.

LEÃO, N. V. M. et al. Morphometric diversity between fruits and seeds of mahogany trees (Swietenia macrophylla King.) from Parakana indigenous Land, Pará State, Brazil. Australian Journal of Crop Science, 12: 435, 2018.

LIMA, C. R. et al. Qualidade fisiológica de sementes de diferentes árvores matrizes de Poincianella pyramidalis (Tul.) LP Queiroz. Revista Ciência Agronômica, 45: 370-378, 2014.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008. 577 p.

LUSK, C. H.; KELLY, C. K. Interspecific variation in seed size and safe sites in a temperate rain forest. New Phytologist, 158: 535-541, 2003.

MACÊDO, M. J. F. et al. Fabaceae medicinal flora with therapeutic potential in savanna areas in the Chapada do Araripe, Northeastern Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, 28: 738-750, 2018.

MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. 2. ed., Londrina, PR: ABRATES, 2015. 659 p.

MATOS, A. C. B.; ATAÍDE, G. M.; BORGES, E. E. L. Physiological, physical and morpho-anatomical changes in Libidibia ferrea ((Mart. ex Tul.) LP Queiroz) seeds after overcoming dormancy. Journal of Seed Science, 37: 26-32, 2015.

MELO, L. D. F. A. et al. Biometric characterization and seed germination of giant mimosa (Mimosa bimucronata (DC) O. Kuntze). Autralian Jouran Crop Science,12: 108-115, 2018.

MÜLLER, E. M. et al. Maturação e dormência em sementes de Peltophorum dubium (Spreng) Taub. de diferentes árvores matrizes. Iheringia. Série Botânica, 71: 222-229, 2016.

RIBEIRO, R. C. et al. Activity of antioxidant enzymes and proline accumulation in Erythrina velutina Willd. seeds subjected to abiotic stresses during germination. Journal of Seed Science, 36: 231-239, 2014.

SANTOS, L. W. D. et al. Erythrina velutina Willd. - Fabaceae: árvore de múltiplos usos no Nordeste brasileiro. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 8: 72-80, 2013.

SANTOS, S. A. et al. Biometria de frutos e sementes e determinação da curva de absorção de água de sementes de Sesbania virgata(Cav.) Pers. Scientific Electronic Archives, 10: 26-34, 2017.

SILVA JUNIOR, V. T. et al. Erythrina velutina Willd. (Leguminosae-Papilionoideae) ocorrente em caatinga e brejo de altitude de Pernambuco: biometria, embebição e germinação. Revista Árvore, 36: 247-257, 2012.

SILVA, K. B. et al. Morphology of fruits, seeds and seedlings of Erythrina velutila Willd., Leguminosaeae-Papilionoideae. Revista Brasileira de Sementes, 30: 104-114, 2008.

SILVA, R. M. et al. Aspectos biométricos de frutos e sementes de Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. provenientes do semiárido baiano. Revista de Agricultura Neotropical, 4: 85-91, 2017.

ZAMAN-ALLAH, M.; JENKINSON, D.M.; VADEZ, V. Chickpea genotypes contrasting for seed yield under terminal drought stress in the field differ for traits related to the control of water use. Functional Plant Biology, 38: 270-281, 2011.

Downloads

Publicado

04-04-2022

Edição

Seção

Ciências Florestais