SISTEMAS DE MANEJO E CARACTERÍSTICAS PRODUTIVAS E FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE FIGO CULTIVADOS CONVENCIONAL E ORGANICAMENTE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n414rc

Palavras-chave:

Ficus carica L.. Poda de formação. Fertilizante orgânico. Qualidade organoléptica. Produção orgânica.

Resumo

A figueira (Ficus carica L.) é amplamente aceita devido às suas propriedades organolépticas e farmacológicas. A busca por inovações para aprimorar o manejo da cultura tem aumentado para reduzir os impactos ambientais e melhorar a qualidade organoléptica e a segurança alimentar dos frutos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de métodos de fertilização e sistemas de treinamento de plantas na produção e nas características físico-químicas da figueira. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 5 × 4, com três blocos e três plantas por parcela. Os fatores corresponderam a cinco fertilizantes (químico, esterco bovino, esterco ovino, cama de aviário e composto orgânico) e quatro sistemas de treinamento (dois ramos, três ramos, quatro ramos e espaldeira). Os resultados mostraram que, com o uso de fertilizante químico e cama de frango, as plantas apresentaram produção, rendimento e número de frutos semelhantes, com firmeza, comprimento e cor de casca semelhantes (L e °h). A maior produtividade e número de frutos imaturos foram obtidos com esterco bovino. O teor de sólidos solúveis e a relação teor de sólidos solúveis / acidez titulável foram maiores nos frutos provenientes de plantas fertilizadas com esterco bovino, esterco ovino e composto orgânico. Por outro lado, plantas treinadas com três e quatro ramos ou em espaldeira produziram frutos com maior teor de sólidos solúveis e peso. Além disso, frutos mais pesados foram obtidos usando fertilização química e plantas condutoras com dois, três e quatro ramos.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, I. M. O. et al. Qualidade microbiológica e produtividade de alface sob adubação química e orgânica. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 30: 108–118, 2010.

ALCOBENDAS, R. et al. Combined effects of irrigation, crop load and fruit position on size, color and firmness of fruits in an extra-early cultivar of peach. Scientia Horticulturae, 142: 128–135, 2012.

AMMAR, A. et al. Seasonal variation of fig tree (Ficus carica L.) physiological characteristics reveals its adaptation performance. South African Journal of Botany, 132: 30–37, 2020.

AMODIO, M. L. et al. A comparative study of composition and postharvest performance of organically and conventionally grown kiwifruits. Journal of the Science of Food and Agriculture, 87: 1228–1236, 2007.

AOAC. Official methods of analysis of AOAC International. 19. ed. Gaithersburg, Md. USA: AOAC International, 2012.

BRUNETTO, G. et al. The role of mineral nutrition on yields and fruit quality in grapevine, pear and apple. Revista Brasileira de Fruticultura, 37: 1089–1104, 2015.

CAETANO, L. C. S.; CARVALHO, A. J. C. DE. Efeito da adubação com boro e esterco bovino sobre a produtividade da figueira e as propriedades químicas do solo. Ciência Rural, 36: 1150–1155, 2006.

CARDOSO, P. C. et al. Vitamin C and carotenoids in organic and conventional fruits grown in Brazil. Food Chemistry, 126: 411–416, 2011.

CONTI, S. et al. Effects of organic vs. conventional farming system on yield and quality of strawberry grown as an annual or biennial crop in southern Italy. Scientia Horticulturae, 180: 63–71, 2014.

D’EVOLI, L. et al. Post-harvest quality, phytochemicals and antioxidant activity in organic and conventional kiwifruit (Actinidia deliciosa, cv. Hayward). Italian Journal of Food Science, 25: 362–368, 2013.

DALASTRA, I. M. et al. Épocas de poda na produção de figos verdes “Roxo de Valinhos” em sistema orgânico na região oeste do Paraná. Revista Brasileira de Fruticultura, 31: 447–453, 2009.

DESHMUKH, S. R. et al. Tissue specific expression of Anthraquinones, flavonoids and phenolics in leaf, fruit and root suspension cultures of Indian Mulberry (Morinda citrifola L.). Plant Omics, 4: 6–13, 2011.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. Food and agriculture data. 2017. Disponível em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC>. Acesso em: 19 jan. 2020.

LEONEL, S.; REIS, L. L. Potassium Fertilization on Fruits Orchards: A Study Case from Brazil. In: Issaka, R. N. (Ed.). Soil Fertility. Londres, UK: IntechOpen, 2012. s/v, cap. 8, p. 53-210.

LETAIEF, H. et al. Composition of Citrus sinensis (L.) Osbeck cv «Maltaise demi-sanguine» juice. A comparison between organic and conventional farming. Food Chemistry, 194: 290–295, 2016.

MDITSHWA, A. et al. Postharvest quality and composition of organically and conventionally produced fruits: A review. Scientia Horticulturae, 216: 148–159, 2017.

OLIVEIRA, A. B. et al. Effects of organic vs. conventional farming systems on quality and antioxidant metabolism of passion fruit during maturation. Scientia Horticulturae, 222: 84–89, 2017.

PAOLETTI, F. Chemical Composition of Organic Food Products. In: CHEUNG, P.; MEHTA, B. (Eds.). Handbook of Food Chemistry. Berlin, Heidelberg: Springer, 2015. s/v,cap.18, p.555-584.

PITTA, C. S. R. et al. Year-round poultry litter decomposition and N, P, K and Ca release. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 36: 1043–1053, 2012.

PREUSCH, P. L.; TAKEDA, F.; TWORKOSKI, T. J. N and P uptake by strawberry plants grown with composted poultry litter. Scientia Horticulturae, 102: 91–103, 2004.

R CORE TEAM. R: A Language and Environment for Statistical Computing. R Foundation for Statistical Computing. 2020. Disponível em: https://www.r-project.org/. Acesso em: 16 jan. 2020.

RECHE, J. et al. Effects of organic and conventional farming on the physicochemical and functional properties of jujube fruit. LWT, 99: 438–444, 2019.

RÊGO, L. G. D. S. et al. Pedogenesis and soil classification of an experimental farm in mossoró, state of rio grande do norte, Brazil. Revista Caatinga, 29: 1036–1042, 2016.

SANTOS, J. L. V. et al. Determination of the harvest point of different passion fruit cultivars. Revista Brasileira de Engenharia Agricola e Ambiental, 17: 750–755, 2013.

SEUFERT, V.; RAMANKUTTY, N.; FOLEY, J. A. Comparing the yields of organic and conventional agriculture. Nature, 485: 229–232, 2012.

SILVA, V. B. et al. Decomposição e liberação de N, P e K de esterco bovino e de cama de frango isolados ou misturados. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 38: 1537–1546, 2014.

SILVA, F. S. O. et al. Phenology and yield of the “Roxo de Valinhos” fig cultivar in western Potiguar. Revista Caatinga, 30: 802–810, 2017.

STROHECKER, R.; HENINING, H. Análisis de vitaminas: métodos comprobrados. 1. ed. Madrid: Paz Montalvo, 1967. 42 p.

SUNDRUM, A. Assessing impacts of organic production on pork and beef quality. CAB Reviews: Perspectives in Agriculture, Veterinary Science, Nutrition and Natural Resources, 5: 1-13, 2010.

VINHA, A. F. et al. Organic versus conventional tomatoes: Influence on physicochemical parameters, bioactive compounds and sensorial attributes. Food and Chemical Toxicology, 67: 139–144, 2014.

WORTHINGTON, V. Nutritional Quality of Organic Versus Conventional Fruits, Vegetables, and Grains. The Journal of Alternative and Complementary Medicine, 7: 161–173, 2001.

Downloads

Publicado

27-09-2021

Edição

Seção

Agronomia