Desempenho fisiológico de sementes de Tabebuia aurea submetidas a estresses abióticos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n423rcPalavras-chave:
Bignoniaceae. Salinidade. Estresse hídrico. Semiárido.Resumo
Sementes submetidas a estresses abióticos podem ter seu desempenho fisiológico comprometido, prejudicando a multiplicação das espécies. Dessa forma, objetivou-se avaliar a germinação e o desenvolvimento inicial de plântulas de Tabebuia aurea submetidas aos estresses hídrico e salino. Para tanto, foi simulado o estresse hídrico com dois agentes osmóticos (PEG 6000 e manitol) em cinco potenciais osmóticos (0,0; −0,2; −0,4; −0,6 e −0,8 MPa). No estresse salino, foram utilizados três agentes osmóticos (NaCl, KCl e CaCl2) em cinco concentrações (0; 6; 12; 18 e 24 dSm-1). Os testes foram executados sob delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes, em esquema fatorial (agentes osmóticos × potenciais), sendo os dados submetidos a análise de variância e regressão. As variáveis analisadas foram germinação, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento radicular e da parte aérea, massa seca de raiz e da parte aérea das plântulas. Os resultados demonstraram que os estresses hídrico e salino reduziram a germinação e vigor de sementes de T. aurea, sendo o hídrico mais danoso à espécie, principalmente quando induzido por PEG 6000. Dos sais empregados, o que mais prejudicou a espécie foi o CaCl2, seguido pelo NaCl e KCl.
Downloads
Referências
ANTUNES, C. G. C. et al. Germinação de sementes de Caesalpinia pyramidalis Tul. (catingueira) submetidas a deficiência hídrica. Revista Árvore, 35: 1007-1015, 2011.
AZERÊDO, G. A.; PAULA, R. C.; VALERI, S. V. Germinação de sementes de Piptadenia moniliformis Benth. sob estresse hídrico. Ciência Florestal, 26: 193-202, 2016.
BEWLEY, J. D. et al. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. 3. ed. New york: Springer, 2013. 392 p.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instruções para análise de sementes de espécies florestais. Brasília, DF: MAPA/ACS, 2013. 98 p.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: MAPA/ACS, 2009. 395 p.
BRITO, W. A. L. et al. Evaluation of viability of Tabebuia aurea seeds through tetrazolium test. Revista Caatinga, 33: 993-999, 2020.
CARMO FILHO, F.; ESPÍNOLA SOBRINHO, J.; MAIA NETO, J. M. Dados climatológicos de Mossoró: um município do semi-árido nordestino. Mossoró, RN: ESAM, 1991. 121 p. (Coleção Mossoroense, 30).
COLMAN, B. A. et al. Indução de tolerância ao estresse hídrico na germinação de sementes de feijão-caupi. Comunicata Scientiae, 5: 449-455, 2014.
CRUZ, V. S. et al. Efeito da salinidade na germinação e desenvolvimento de plântulas de Ochroma pyramidale. Nativa, 8: 239-245, 2020.
DIAS, N. S. et al. Produção de melão rendilhado em sistema hidropônico com rejeito da dessalinização de água em solução nutritiva. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 14: 755-761, 2010.
FERREIRA, A. C. T. et al. Water and salt stresses on germination of cowpea (Vigna unguiculata cv. BRS Tumucumaque) seeds. Revista Caatinga, 30: 1009-1016, 2017.
FERREIRA, A. S. et al. Production of Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R. W. Jobson (Fabaceae) seedlings irrigated with saline water. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 25: 182-188, 2021.
FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista Brasileira de Biometria, 37: 529-535, 2019.
LEAL, C. C. P. et al. Initial development of Combretum leprosum Mart. seedlings irrigated with saline water of different cationic natures. Revista Ciência Agronômica, 50: 300-306, 2019.
LEAL, C. C. P. et al. Water stress on germination and vigor of ‘mofumbo’ (Combretum leprosum Mart.) seeds at different temperatures. Revista Ciência Agronômica, 51: 1-7, 2020.
LIANG, W. et al. Plant salt-tolerance mechanism: a review. Biochemical and Biophysical Research Communications, 495: 286-291, 2018.
LIMA, J. R.; PAREYN, F. G. C.; DRUMMOND, M. A. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F. G. C (Eds.). Espécies madeireiras da região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. v. 1, cap 5, p. 779-786.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 6. ed. Nova Odessa, SP: Plantarum, 2014. 384 p.
MAGUIRE, J. D. Speed of germination: aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, 2: 176-177, 1962.
MATOS, D. C. P. et al. Germinação e vigor de sementes de Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W. Jobson sob condições de estresse salino e hídrico. In: OLIVEIRA, R. J. (Ed.). Águas e florestas: desafios para conservação e utilização. Guarujá: Científica Digital, 2021. v. 1, cap. 19, p. 277-291.
MOURA, M. R. et al. Efeito do estresse hídrico e do cloreto de sódio na germinação de Mimosa caesalpiniifolia Benth. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 6: 230-235, 2011.
NOGUEIRA, N. W. et al. Estresse salino na emergência e desenvolvimento inicial de plântulas de jurema-branca. Advances in Forestry Science, 7: 1081-1087, 2020.
OLIVEIRA, F. S. et al. Seedling of development and tolerance of eggplant cultivars under saline stress. African Journal of Agricultural Research, 11: 2310-2315, 2016.
SÁ, F. V. S. et al. Tolerance of coriander cultivars under saline stress. African Journal of Agricultural Research, 11: 3728-3732, 2016.
SALYSBURY, F. B.; ROSS, C. W. Plant physiology. 4.ed. Belmont: Wadsworth Publishing Company, 1992. 682 p.
SANTOS JUNIOR, R. N.; SILVA, A. G. Estresse osmótico na germinação de sementes de Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J. W. Grimes. Ciência Florestal, 30: 971-979, 2020.
SANTOS, P. C. S. et al. Water stress and temperature on germination and vigor of Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 22: 349-354, 2018.
SILVA, D. C. et al. Estresse salino e diferentes temperaturas alteram a fisiologia em sementes de Clitoria fairchildiana Howard. Ciência Florestal, 29: 1129-1141, 2019.
SOUSA, E. C. et al. Physiological changes in Mimosa caesalpiniifolia Benth. seeds from different sources and submitted to abiotic stresses. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 22: 383-389, 2018.
TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2017. 858 p.
VALDOVINOS, T. M. et al. Seed germination of three species of Bignoniaceae trees under water stress. Revista Ciência Agronômica, 52: 1-9, 2021.
VILLELA, F. A.; DONI FILHO, L.; SIQUEIRA, E. L. Tabela do potencial osmótico em função da concentração de polietileno glicol 6000 e da temperatura. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 26: 1957-1968, 1991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).