Desempenho fisiológico de sementes de Tabebuia aurea submetidas a estresses abióticos

Autores

  • Hohana Lissa de Sousa Medeiros Department of Agronomic and Forestry Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-6616-8058
  • Kleane Targino Oliveira Pereira Department of Agronomic and Forestry Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-3863-9606
  • Salvador Barros Torres Department of Agronomic and Forestry Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0003-0668-3327
  • Clarisse Pereira Benedito Department of Agronomic and Forestry Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-2846-1162
  • Jorge Ricardo Silva do Couto Júnior Department of Agronomic and Forestry Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-8076-5788

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n423rc

Palavras-chave:

Bignoniaceae. Salinidade. Estresse hídrico. Semiárido.

Resumo

Sementes submetidas a estresses abióticos podem ter seu desempenho fisiológico comprometido, prejudicando a multiplicação das espécies. Dessa forma, objetivou-se avaliar a germinação e o desenvolvimento inicial de plântulas de Tabebuia aurea submetidas aos estresses hídrico e salino. Para tanto, foi simulado o estresse hídrico com dois agentes osmóticos (PEG 6000 e manitol) em cinco potenciais osmóticos (0,0; −0,2; −0,4; −0,6 e           −0,8 MPa). No estresse salino, foram utilizados três agentes osmóticos (NaCl, KCl e CaCl2) em cinco concentrações (0; 6; 12; 18 e 24 dSm-1). Os testes foram executados sob delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes, em esquema fatorial (agentes osmóticos × potenciais), sendo os dados submetidos a análise de variância e regressão. As variáveis analisadas foram germinação, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento radicular e da parte aérea, massa seca de raiz e da parte aérea das plântulas. Os resultados demonstraram que os estresses hídrico e salino reduziram a germinação e vigor de sementes de T. aurea, sendo o hídrico mais danoso à espécie, principalmente quando induzido por PEG 6000. Dos sais empregados, o que mais prejudicou a espécie foi o CaCl2, seguido pelo NaCl e KCl.

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Publicado

28-09-2023

Edição

Seção

Nota Técnica