Produção de mudas de goiaba com aumento da salinidade da água e fertilização com nitrogênio e potássio
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n420rcPalavras-chave:
Psidium guajava L. Estresse salino. Fertilizantes.Resumo
O estresse salino afeta o desenvolvimento de diversas culturas, sendo um dos fatores limitantes para a agricultura irrigada no semiárido, onde a adubação nitrogenada e potássica pode ser uma alternativa para a produção agrícola da região. Com esse trabalho objetivou-se avaliar a viabilidade do uso de água com diferentes salinidades associada a diferentes adubações nitrogenadas e potássicas na produção de mudas da goiabeira cultivar Paluma. O experimento foi conduzido em áreas experimentais da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Campus Caraúbas. A pesquisa foi realizada no período de fevereiro a junho de 2021. O estudo foi montado em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e duas plantas por parcela. Foi utilizado um esquema fatorial 5 × 4, que combinou cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação (CEa): 0,3, 1,1, 1,9, 2,7 e 3,5 dS m-1, com combinações (C) de nitrogênio (N) e níveis de potássio (K2O) de adubação recomendada: C1 = 70% N + 50% K2O, C2 = 100% N + 75% K2O, C3= 130% N + 100% K2O e C4= 160% N + 125% K2O. Irrigação com níveis de condutividade elétrica até 2,1 dS m-1 favoreceu o crescimento das mudas da goiabeira cv. Paluma. As adubações C1 e C2 promoveram os maiores incrementos de crescimento e fitomassa para a goiabeira cv. Paluma aos 125 dias após a semeadura. As combinações de adubação não mitigaram os efeitos nocivos do estresse salino da água de irrigação sobre a produção de mudas de goiabeira cv. Paluma.
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