Aspectos ecofisiológicos da germinação de sementes de Physalis angulata L.
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252023v36n425rcPalavras-chave:
Solanaceae. Fotoperíodo. Maturação. Análise de sementes. Ecofisiologia.Resumo
Physalis angulata L. (Solanaceae), conhecida por camapu, possui potenciais farmacológico e agroindustrial, porém são escassas as informações sobre os aspectos ecofisiológicos que influenciam a germinação. Neste sentido, objetivou-se avaliar a expressão do potencial fisiológico de sementes de P. angulata em função do estádio de maturação, temperatura, substrato e condição luminosa. Para isso, conduziram-se quatro experimentos: no primeiro, avaliou-se os estádios de maturação (cálice + fruto verdes, cálice + fruto amarelos e cálice + fruto marrom-claros) nas temperaturas de 25; 30 e 35 °C, separadamente; no segundo, testou-se a interação entre as temperaturas 35; 40 e 45°C e tipos de substrato (sobre papel, entre papel e entre vermiculita) em esquema fatorial 3x3 (sendo o primeiro fato as temperaturas e o segundo os tipos de substratos); no terceiro experimento, avaliou-se o efeito da luz (ausência de luz, luz branca, luz na frequência do vermelho e do vermelho-distante); e, no quarto, utilizaram-se valores crescentes de fotoperíodos (0; 8; 12 e 16 horas). Em todos os experimentos o delineamento foi o inteiramente casualizado com quatro repetições de 50 sementes. Na análise dos resultados foi visto que não houve interação entre as temperaturas e os substratos testados, demonstrando a atuação isolada dos fatores. As sementes de P. angulata expressaram melhor potencial fisiológico quando o cálice e o fruto estão amarelos. No teste de germinação, as sementes devem ser semeadas entre papel toalha, sob a temperatura de 35 °C e ausência de luz.
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