MODELOS EMPÍRICOS DO DESEMPENHO DE GOTEJADORES APLICANDO ÁGUA RESIDUÁRIA DA CASTANHA DE CAJU
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252016v29n217rcPalavras-chave:
Efluente. Emissores. Pressão de serviço. Coeficientes de variação da vazão e de uniformidade de distribuição.Resumo
Este trabalho objetivou obter modelos empíricos do desempenho hidráulico de gotejadores operando com água residuária da castanha de caju em função do tempo de operação, da pressão de serviço e da qualidade do efluente. O experimento foi montado com dois fatores: três tipos de gotejadores (D1 - 1,65 L h-1; D2 - 2,00 L h-1 e D3 - 4,00 L h-1) e quatro pressões de serviço (70, 140, 210 e 280 kPa), com três repetições. Avaliaram-se a cada 20 h os valores dos coeficientes de variação de vazão (FVC) e da uniformidade de distribuição (DUC), além das características físico-químicas e biológicas do efluente até completar o tempo de operação de 160 h. Os dados foram interpretados por meio das análises de regressão simples e linear múltipla stepwise. Para os dados de FVC e DUC em função do tempo de operação, 17, 17 e 8% e 17, 17 e 0% dos modelos de regressão ajustados foram o raiz quadrada, o linear e o quadrático, respectivamente. Na relação de FVC e DUC com pressões de serviço, 11, 22 e 0% e 0, 22 e 11% dos modelos de regressão ajustados foram o raiz quadrada, o linear e o quadrático, respectivamente. As regressões lineares múltiplas mostraram que o teor de sólidos dissolvidos foi a característica da água residuária que mais interferiu nos valores de FVC e DUC das unidades gotejadoras D1e D3 operando na pressão de serviço de 70 kPa.Downloads
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