MÉTODOS DE INOCULAÇÃO DE Fusarium guttiforme E RESISTÊNCIA GENÉTICA EM ABACAXIZEIROS (Ananas comosus var. comosus)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n210rcPalavras-chave:
Ananas comosus var. comosus. Resistência genética. Fusariose.Resumo
Objetivou-se avaliar métodos de inoculação de Fusarium guttiforme e a resistência genética em acessos de abacaxizeiro. Para isso, foram realizados três experimentos, a saber: 1- inoculações em folhas de abacaxizeiro dos tipos B, D e F; 2- inoculações em folhas “D” destacadas e em mudas de abacaxizeiro e 3- identificação de resistência à fusariose em 19 acessos de abacaxizeiros coletados no estado de Mato Grosso. As cultivares Pérola (suscetível à fusariose) e BRS-Vitória (resistente à fusariose) foram utilizadas como testemunhas. As avaliações de severidade da fusariose foram conduzidas aos 10, 15, 20, 25 e 30 dias, após inoculação de F. guttiforme. Foram utilizados os diâmetros das lesões (quantificação da severidade), para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Dentre os métodos avaliados, observou-se que o método de inoculação em folhas D destacadas foi o mais eficiente, rápido e de baixo custo, além de reproduzir satisfatoriamente os sintomas da doença. O período indicado para avaliar acessos resistentes a fusariose é entre 10 e 20 dias após inoculação do patógeno, em folhas D destacadas. No acesso 1 foi observada menor área de lesão e AACPD, em todas as avaliações realizadas. Este acesso pode ser recomendado para compor programas de melhoramento do abacaxizeiro visando resistência à fusariose.Downloads
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