FAUNA EDÁFICA COMO BIOINDICADORA DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NO BIOMA CAATINGA

Autores

  • Khadidja Dantas Rocha de Lima Soil Department, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Rodrigo Camara Department of Environmental Science, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Guilherme Montandon Chaer Embrapa Agrobiology, Seropédica, RJ
  • Marcos Gervasio Pereira Soil Department, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ
  • Alexander Silva de Resende Embrapa Agrobiology, Seropédica, RJ

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n215rc

Palavras-chave:

Solo superficial. Indicadores ambientais. Organismos edáficos. Piçarra. Revegetação.

Resumo

Atualmente, há poucas informações sobre a recuperação de áreas onde ocorre a extração de piçarra na Caatinga. Objetivou-se avaliar o emprego da fauna edáfica como bioindicadora da qualidade do solo em áreas com e sem a adição de topsoil (CT e ST, respectivamente), em plantios florestais para a recuperação de áreas de extração deste recurso mineral. Considerou-se a mata nativa de Caatinga (MT) como referencial. Foram instaladas 10 armadilhas em três réplicas para cada tratamento, em delineamento em blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, no final da estação chuvosa,em diferentes épocas (0, 1, 3 e 6 anos depois). Capturou-se um total de 45.740 organismos, distribuídos em 36 grupos taxonômicos, com o predomínio de Acari, Diptera, Entomobryomorpha, Formicidae, Poduromorpha e Symphypleona, em todos os tratamentos (ST, CT, MT). Nove grupos (25% do total) apresentaram ocorrência restrita. Os valores de riqueza e diversidade foram maiores na MT, seguidos do CT e ST. Não houve um padrão definido para a uniformidade e abundância total da comunidade. A maioria dos grupos apresentou inibição na abundância nos tratamentos testados em relação à MT, mas este efeito negativo foi relevante no ST, em comparação com o CT. A similaridade entre ST e CT foi elevada, e muito baixa com a MT. A complexidade ecológica da comunidade da fauna edáfica foi maior na MT. A fauna edáfica funcionou como bioindicadora da qualidade do solo, que foi maior em CT, na comparação com ST.

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Biografia do Autor

Khadidja Dantas Rocha de Lima, Soil Department, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2009), mestrado em Ciências do Solo pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (2012) e doutorado em Ciências, pelo Curso de Pós Graduação em Agronomia-Ciência do Solo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2016), atuando principalmente nos seguintes temas: adubação; propagação de espécies florestais; recuperação de áreas degradadas; indicadores físicos, químicos, microbiológicos e biológicos de qualidade do solo e reflorestamento.

Marcos Gervasio Pereira, Soil Department, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ

Marcos Gervasio Pereira, é Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), concluiu o doutorado em Agronomia (Ciência do Solo) nesta Instituição em 1996. Atualmente é professor Titular do Departamento de Solos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi chefe do Departamento de Solos, no período de 2000 a 2001. De abril de 2009 até outubro de 2013 foi Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo (CPGA-CS) da UFRRJ. A partir de outubro de 2013 passa a ser Coordenador Substituto do CPGA-CS. É orientador do Curso de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental, na UFRRJ. Bolsista de Produtividade 1 C do CNPq e Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ. Membro da Comissão da CAPES de Avaliação de Programas de Pós-graduação na área de Ciências Agrárias a partir de 2013. Publicou 258 artigos em periódicos especializados e 457 trabalhos em anais de eventos. Participou em 50 eventos no Brasil. Recebeu 27 prêmios e/ou títulos. Atua na orientação de monografias, trabalhos de conclusão de curso, bolsistas de iniciação científica, dissertações de mestrado, teses de doutorado e supervisão de pós-doutorados nas áreas de Agronomia, Recursos florestais e Engenharia Florestal, Botânica e Ecologia. Recebeu 36 prêmios e/ou homenagens. No período de agosto de 2013 a agostou de 2015 foi 2 Vice-Diretor da Regional Leste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. Vice Diretor da Divisão 3 - Uso e Manejo do Solo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, participando ainda da Comissão de Planejamento do Uso da Terra desta Divisão, da qual foi Vice-coordenador.Foi membro titular da Comissão de História, Epistemologia e Sociologia da Ciência da Divisão 4 - Solo, Ambiente e Sociedade (SBCS). A partir de agosto de 2015 passou a ser Diretor da Regional Leste da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e Vice-Coordenador da Comissão 3.3 - Manejo e Conservação do Solo e da Água. Coordena e participa de projetos de pesquisa relacionados a pedologia, ciclagem de nutrientes e uso e manejo do solo nos Biomas, Caatinga, Floresta Atlântica, Cerrado, Pantanal, Amazônico e Pampa.

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Publicado

24-01-2017

Edição

Seção

Agronomia