PEGAMENTO DE ENXERTOS DE TOMATEIRO EM DIFERENTES SOLANÁCEAS

Autores

  • André Ricardo Zeist Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR
  • Juliano Tadeu Vilela de Resende Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR
  • Clevison Luiz Giacobbo Department of Agronomy, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, SC
  • Cacilda Maria Duarte Rios Faria Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR
  • Diego Munhoz Dias Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n227rc

Palavras-chave:

Solanum lycopersicum. Solanum pennellii. Solanum habrochaites. Métodos de enxertia.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o pegamento de enxertia de tomateiro, em diferentes espécies de solanáceas e por diferentes métodos de enxertia. Foram produzidas para enxerto mudas de tomateiro da cultivar Santa Cruz Kada®. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 9 x 2, avaliando-se como porta-enxerto: os acessos de minitomate 0224-53, RVTC 57, RVTC 20 e 6889-50 (Solanum lycopersicum L); as espécies silvestres de tomateiro Solanum habrochaites var hirsutum ‘PI-127826’ e Solanum pennellii ‘LA716’; duas outras espécies Solanum, cubiu (Solanum sessiliflorum) e fisales (Physalis peruviana); e o tomateiro cultivar Santa Cruz Kada® como testemunha (auto-enxertia), e avaliados dois métodos de enxertia: fenda cheia; e encostia. Aos quinze dias após a enxertia, as plantas foram avaliadas quanto ao: índice de pegamento de enxertia; comprimento de raiz; altura das plantas; número de folhas; área foliar; massa seca das raízes, do caule e das folhas; e relação massa seca da parte aérea/massa seca das raízes. Com base nos resultados obtidos, foi possível verificar que o índice de pegamento e o desenvolvimento vegetativo das plantas após a enxertia em tomateiro foi influenciado significativamente pela interação (porta-enxerto x método de enxertia). Dentre os porta-enxertos avaliados, todos podem ser recomendados, exceto o acesso de minitomate 6889-50 (S. lycopersicum L.) e a espécie S. pennellii. Para os porta-enxertos cubiu e fisales recomenda-se a utilização do método de enxertia por fenda cheia, e para os porta-enxertos acesso de (minitomate 0224-53, RVTC 57 e RVTC 20; e espécie S. habrochaites) o método de encostia.

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Biografia do Autor

André Ricardo Zeist, Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR

Eng°. Agr°. Doutorando do programa de pós-graduação em Agronomia, Produção Vegetal. Campus Cedeteg, Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava – PR, Brasil.

Juliano Tadeu Vilela de Resende, Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR

Eng°. Agr°. Prof. Dr. Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava – PR, Campus Cedeteg, Guarapuva – PR, Brasil

Clevison Luiz Giacobbo, Department of Agronomy, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, SC

Eng°. Agr°. Prof. Dr. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus Chapecó, 89813-140, Chapecó – SC, Brasil.

Cacilda Maria Duarte Rios Faria, Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR

Engª. Agrª. Profª. Drª. Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava – PR, Campus Cedeteg, Guarapuva – PR, Brasil

Diego Munhoz Dias, Department of Agronomy, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava, PR

Eng°. Agr°. Doutorando do programa de pós-graduação em Agronomia, Produção Vegetal. Campus Cedeteg, Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava – PR, Brasil.

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Publicado

24-01-2017

Edição

Seção

Nota Técnica