PITIOSE CANINA: UMA DOENÇA DESPERCEBIDA NA CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS
DOI:
https://doi.org/10.21708/avb.2015.9.1.4243Abstract
A pitiose é uma doença granulomatosa decorrente da infecção pelo oomiceto Pythium insidiosum. Essa enfermidade tem recebido grande atenção devido à ampla distri¬buição do patógeno, sintomatologia variável, dificuldade no diagnóstico e necessidade de seleção de uma terapia apropriada. O presente trabalho objetivou realizar uma revisão de literatura a respeito da pitiose na espécie canina, alertando o médico veterinário em considerar tal enfermidade na rotina da clínica de pequenos animais. Para a manutenção do ciclo no ambiente, o P. insidiosum necessita de acúmulos de água e com temperatura elevada. Não se verifica transmissão direta entre animais ou zoonótica. No Brasil há um considerável volume de estudos da pitiose em cães, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Frequentemente os animais afetados são machos, de grande porte, com idade inferior a três anos. A doença demonstra-se sob as formas gastrintestinal e cutânea, sendo a primeira a mais usual. A avaliação histopatológica pode representar a única ferramenta para o diagnóstico, pois rotineiramente as amostras encontram-se fixadas em formol, o que inviabiliza o seu envio para a cultura. As terapias utilizadas apresentam resultados variados e incluem combinação de antifúngicos sistêmicos, cirurgia e imunoterapia. Torna-se essencial a inclusão da pitiose na diferenciação de determinadas enfermidades cutâneas e/ou gastroentéricas que acometem os cães. Essa doença infecciosa não deve ser considerada incomum na prática da clínica veterinária. O que provavelmente ocorre é um subdiagnóstico, seja pela ausência de suspeita clínica ou a falta de direcionamento das amostras teciduais para laboratórios especializados.Downloads
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