CARACTERIZAÇÃO DE 15 CULTIVARES DE BANANEIRA EM DOIS ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO EM FUNÇÃO DE ASPECTOS MORFOLÓGICOS, FÍSICOS E QUÍMICOS

Autores

  • César Fernandes Aquino Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
  • Luiz Carlos Chamhum Salomão Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
  • Paulo Roberto Cecon Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
  • Dalmo Lopes de Siqueira Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
  • Sônia Machado Rocha Ribeiro Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n110rc

Palavras-chave:

Musa spp.. Características físico-químicas. Caracterização agronômica. Produção.

Resumo

Objetivou-se caracterizar morfologicamente 15 cultivares de bananeiras em dois estádios de maturação. Determinaram-se as características físicas e químicas dos frutos na fase pré-climatérica e após o amadurecimento. Também avaliou-se as plantas quanto a altura e diâmetro do pseudocaule, comprimento do pecíolo e do limbo, largura do limbo e relação comprimento/largura do limbo. A cultivar Ouro apresentou os frutos com menor diâmetro, comprimento total, comercial e massa fresca nos dois estádios, além da polpa mais firme quando verde. A cultivar Caru-Roxa apresentou maior massa fresca dos frutos e da polpa e a ‘Terrinha’, a maior porcentagem de matéria seca nas polpas verde e madura. As cultivares Maçã e a Ouro proporcionaram maior relação polpa/casca na polpa verde. Houve redução da massa fresca e da espessura da casca e acréscimo da matéria seca da casca madura em relação à casca verde. A casca da ‘Marmelo’ apresentou a maior massa fresca nos dois estádios. As cultivares Marmelo e a Maçã apresentaram maior porcentagem de matéria seca em ambos os estádios de maturação da casca. A polpa verde apresentou baixo teor de sólidos solúveis. Houve acréscimo na acidez titulável na polpa com o amadurecimento. A altura média das plantas variou de 2,25 a 6,15 m. As cultivares com maior diâmetro do pseudocaule foram também os mais altos, com exceção da ‘Prata-Anã’ e da ‘Prata-Graúda’. A cultivar e o estádio de maturação influenciaram todas as características avaliadas nos frutos, com exceção dos comprimentos total e comercial, que não variaram com o amadurecimento dos frutos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

César Fernandes Aquino, Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

É Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009), mestre em Ciências Agrárias-Agroecologia, pela mesma instituição (2011). Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2014). Atualmente é bolsista de Pós-doutorado na Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fruticultura, manejo e fisiologia pós-colheita de frutas e hortaliças. Atuando principalmente nos seguintes temas: Fisiologia pós-colheita de frutas e hortaliças, compostos fenólicos, potencial antioxidande de frutas, propagação de plantas, uso de extratos e óleos essenciais de plantas no manejo de patologias pós-colheita de frutas.

Luiz Carlos Chamhum Salomão, Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

Possui graduação em Agronomia (1984), mestrado em Fitotecnia (Produção Vegetal) (1987) e doutorado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) (1994) pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente, é Professor Titular da Universidade Federal de Viçosa e atua como orientador do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia (Produção Vegetal). Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Fisiologia e manejo Pós-Colheita de frutos, atuando principalmente nos seguintes temas: análise de crescimento, qualidade do fruto, embalagens e revestimentos comestíveis, atmosfera modificada.

Paulo Roberto Cecon, Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1979), mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (1983) e doutorado em Estatística pela Universidade de São Paulo (1992). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Viçosa - MG, do departamento de Estatística.. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Probabilidade e Estatística Aplicadas,modelos biométricos, análise multivariada atuando principalmente na análise e interpretação de dados de pesquisas em : Fitotecnia, Zootecnia, Engenharia Agrícola, Nutrição fruticultura

Dalmo Lopes de Siqueira, Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1981), mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (1985) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1993). Atualmente é professor associado IV da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Manejo e Tratos Culturais, atuando principalmente nas seguintes áreas: citricultura e mangicultura.

Sônia Machado Rocha Ribeiro, Department of Crop Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (1981), mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do Paraná (1995) e doutorado em Bioquimica Agricola pela Universidade Federal de Viçosa (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Nutrição e Dietética; desenvolve projetos de extensão na área de nutrição clínica, alimentos funcionais, composição de alimentos, saúde/doença, avaliação, terapia nutricional nas doenças crônicas não transmissíveis e dietética. Nos últimos quatro anos tem iniciado interações com industrias alimentícias, buscando iniciar parcerias para desenvolver pesquisas com alimentos funcionais para fins específicos. Realizou pós-doutorado na Universidade de Navarra, Espanha (2011-2012), com enfoque em obesidade e nutrigenômica, enfocando o tema biogênese mitocondrial.

Referências

AMORIM, E. P. et al. Genetic diversity of carotenoid-rich bananas evaluated by Diversity Arrays Technology (DArT). Genetics and Molecular Biology, Ribeirão Preto, v. 32, n. 1, p. 96-103, 2009.

AQUINO, C. F. Características físicas e químicas e potencial antioxidante dos frutos de 15 cultivares de bananeiras. 2014. 131 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia: Área de Concentração em Produção Vegetal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2014.

BEZERRA, V. S.; DIAS, J. S. A. Avaliação físico-química de frutos de bananeiras. Acta Amazônica, Manaus, v. 39, n. 2, p. 423-428, 2009.

BLEINROTH, E. W. Matéria-prima. In MEDINA, J. C. et al. (Eds.). Banana: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos econômicos. Campinas: ITAL, 1995. cap. 2, p. 133-196.

BORGES, C. V. et al. Characterization of metabolic profile of banana genotypes, aiming at biofortified Musa spp. cultivars. Food Chemistry, Amsterdam, v. 145, n. 1, p. 496-504, 2014.

BORGES, R. S. et al. Avaliação de genótipos de bananeira no norte do estado do Paraná. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 33, n. 1, p. 291-296, 2011.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras, MG: UFLA, 2005. 785 p.

DADZIE, B. K.; ORCHARD, J. E. Evaluación rutinaria postcosecha de híbridos de bananos y plátanos: critérios y métodos. Montpelier: INIBAP, 1997. 63 p. (Guias técnicas Inibap, 2).

FERRIS, R. S. B.; ORTIZ, R.; VUYLSTEKE, D. Fruit quality evaluation of plantains, plantain hybrids, and cooking bananas. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v. 15, n. 1, p. 73-81, 1999.

GOMES, M. C. et al. Avaliação de germoplasma elite de bananeira. Revista Ceres, Viçosa, v. 54, n. 312, p. 185-190, 2007.

JESUS, S. C. et al. Caracterização física e química de frutos de diferentes genótipos de bananeira. Bragantia, Campinas, v. 63, n. 3, p. 315-323, 2004.

LÉDO, A. S. et al. Avaliação de genótipos de bananeira na região do baixo São Francisco, Sergipe. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 30, n. 3, p. 691-695, 2008.

MATSUURA, F. C. A.; COSTA, J. I. P.; FOLEGATTI, M. I. S. Marketing de banana: preferências do consumidor quanto aos atributos de qualidade dos frutos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, n. 1, p. 48-52, 2004.

MOREIRA, R. S. Banana: teoria e prática de cultivo. 2. ed. Campinas, SP: Fundação Cargill, 1999. 657 p.

NASCIMENTO JUNIOR, B. B. et al. O. Diferenças entre bananas de cultivares Prata e Nanicão ao longo do amadurecimento: características físico-químicas e compostos voláteis. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 3, p. 649-658, 2008.

NEWILAHI, G. N. et al. Carotenoid contents during ripening of banana hybrids and cultivars grown in Cameroon. Fruits, Paris, v. 64, n. 4, p. 197-206, 2009.

PEREIRA, M. C. T. et al. Susceptibilidade à queda natural e caracterização dos frutos de diversos genótipos de bananeiras. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, n. 3, p. 499-502, 2004.

PINHEIRO, A. C. M. et al. Pós-colheita de bananas-maçã submetidas ao 1-MCP e armazenadas à temperatura ambiente. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 30, n. 2, p. 323-328, 2006.

RAMOS, D. P.; LEONEL, S.; MISCHAN, M. M. Caracterização físico-química dos frutos de genótipos de bananeira produzidos em Botucatu-SP. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 33, Sup., p. 1765-1770, 2009.

RODRIGUES, M. G. V.; DIAS, M. S. C.; PACHECO, D. D. Influência de diferentes níveis de desfolha na produção e qualidade dos frutos da bananeira ‘Prata Anã’. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 31, n. 3, p. 755-762, 2009.

RUIZ, G. A. C. Relação entre componentes da parede celular e atividade enzimática no pedicelo e a suscetibilidade de bananas ao despencamento natural. 2003. 48 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia: Área de Concentração em Produção Vegetal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2003.

SANTOS, S. C. et al. Caracterização morfológica e avaliação de cultivares de bananeira resistentes a sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis Morelet) no Sudoeste goiano. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 28, n. 3, p. 449-453, 2006.

SILVA, E. A.; BOLIANI, A. C.; CORRÊA, L. S. Avaliação de cultivares de bananeira (musa sp) na região de Selvíria-MS. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 28, n. 1, p. 101-103, 2006a.

SILVA, S. O., et al. Avaliação de clones de banana Cavendish. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 30, n. 5, p. 832-837, 2006b.

SOUZA, M. E.; LEONEL, S.; MARTIN, R. L. Caracterização do cultivar de bananeira ‘Figo-Cinza’ em dois ciclos de produção. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, Sup., p. 461-465, 2011.

VIVIANI, L.; LEAL, P. M. Qualidade pós-colheita de banana Prata-Anã armazenada sob diferentes condições. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 29, n. 3, p. 465-470, 2007.

Downloads

Publicado

02-12-2016

Edição

Seção

Agronomia