PALMA FORRAGEIRA ASSOCIADA À DIFERENTES SILAGENS EM DIETAS PARA VACAS DA RAÇA SINDI EM LACTAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252022v35n422rcPalavras-chave:
Bovino de leite. Cactáceas. Consumo. Forragem. Semiárido.Resumo
A palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill) apresenta-se como forrageira importante para o Nordeste Brasileiro, devido a sua adaptação às condições edafoclimáticas da região, especialmente nos períodos de estiagens. O presente estudo teve objetivo de investigar os efeitos de dietas baseadas em palma forrageira associada a diferentes fontes de fibras no consumo (matéria seca e água), digestibilidade, produção de proteína microbiana, balanço de compostos nitrogenados e desempenho de vacas leiteiras sindi criadas em regiões semiáridas. As silagens utilizadas foram: atriplex (Atriplex nummularia Lindi.), sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench), gliricídia (Gliricidia sepium (Jacq.) Walp. ) e maniçoba (Manihot pseudoglaziovii Pax & K. Hoffm.), que foram incluídas nas dietas à base de palma forrageira (relação 58:42 volumoso: concentrado). As vacas foram distribuídas em delineamento Quadrado Latino duplo 4x4 com duração de 12 dias cada período. Para consumo de água houve diferenças (P<0,05) para dieta contendo silagem de atriplex (19,42 L/d). A dieta com silagem de sorgo apresentou menor coeficiente (P<0,05) digestibilidade da matéria seca (48,71 %) em relação ao tratamento de silagem de atriplex (68,46 %). A síntese microbiana foi maior (P<0,05) para a dieta com silagem de atriplex em relação ao tratamento que continha silagem de gliricídia (115,01 e 80,07 g de PBmic/kg de NDT), respectivamente. As silagens avaliadas associadas a palma forrageira podem ser utilizadas em dietas para vacas da raça Sindi em lactação sem influenciar o consumo diário de matéria seca, sem alterar a produção e gordura do leite, a síntese de proteína microbiana e o balanço de compostos nitrogenados.
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