Fisiologia e qualidade durante a maturação de frutos de genótipos do umbuzeiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3811893rcPalavras-chave:
Spondias tuberosa. Taxa respiratória. Evolução da maturação. Padrão de identidade. Agregação de valor.Resumo
O fruto do umbuzeiro é explorado extrativamente e sua viabilidade de uso depende de ocorrência, amadurecimento e maturidade na colheita, que influenciam a qualidade e contribuem para o aumento da perecibilidade. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar as alterações fisiológicas e de qualidade durante a maturação de frutos de genótipos de umbuzeiro dos estados da Paraíba e Pernambuco. Frutos de 16 genótipos de umbuzeiro foram colhidos em três estádios de maturação nos municípios de Casserengue - PB e Brejo da Madre de Deus - PE. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 16 x 3, com 16 genótipos, três estádios de maturação e 4 repetições/planta. O umbu apresenta padrão respiratório típico de frutos climatéricos, cujo pico respiratório é dependente do estádio de maturação na colheita, com base na firmeza do fruto como indicador de maturidade. Frutos maduros de PB2, PE11, PE12, PE13, PE14, PE16 possuem coloração da casca mais intensa e, dentre estes, os do PE11, PE12 e PE14 foram de maior tamanho e massa fresca, quando maduros, superando em cerca de 50% a média da literatura e PE15 e PE9 apresentam maior rendimento em polpa. Dentre os 16 genótipos avaliados, nove apresentaram teor de acidez mais baixo, que agrega valor para consumo fresco quando colhidos nos estádios de maturação verde amarelado e amarelo esverdeado. Os sólidos solúveis de frutos verde amarelados e amarelo esverdeados de todos os genótipos avaliados foram superiores ao estabelecido pelo Padrão de Identidade e Qualidade, que é 9%.
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