Impacto da contaminação por derivados de petróleo no crescimento vegetal e indicadores microbiológicos do solo

Autores

  • Kaline Soares da Silva Department of Nuclear Energy, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1760-5722
  • Cydianne Cavalcante da Silva Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-0279-6132
  • María Carolina Ramírez Hernández Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-6877-6011
  • Yansen Maxwell Herrera Castellanos Department of Agricultural Science and Production, Escola Agricola Pan-Americana Zamorano, San Antonio de Oriente, Tegucigalpa, Honduras https://orcid.org/0009-0000-0524-2170
  • Marcio Abraão Cavalcante Albuquerque Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0009-0005-3320-2201
  • Francisca Daniele da Silva Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1986-5114
  • Arthur Allan Sena de Oliveira Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-8249-9444
  • Daniel Valadão Silva Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0003-0644-2849

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812628rc

Palavras-chave:

Hidrocarbonetos de petróleo. Contaminação ambiental. Espécies para remediação.

Resumo

Compostos derivados de petróleo presentes no solo podem comprometer o crescimento das plantas e inibir o desenvolvimento da população microbiana. Esses contaminantes diminuem a porosidade do solo, dificultam a absorção de água e podem interromper processos metabólicos das plantas. Assim, nesta pesquisa buscou-se avaliar os efeitos da presença no solo de três hidrocarbonetos no solo sobre o crescimento e desenvolvimento de espécies forrageiras e nos indicadores microbiológicos do solo. O experimento foi realizado em casa de vegetação no delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em fatorial de 5×4, sendo o primeiro fator constituído pelas espécies avaliadas (Pennisetum glaucum, Zea mays, Brachiaria ruziziensis, Panicum maximum e Sorghum bicolor), e o segundo fator correspondendo a presença dos contaminantes: benzeno, tolueno ou xileno e solo sem contaminante. As espécies foram cultivadas por 42 dias. A tolerância das espécies dependeu do tipo de contaminante presente no solo. A massa seca total da P. glaucum foi reduzida em 26%, 10% e 32% para o tolueno, benzeno e xileno, respectivamente. Z. mays teve o crescimento reduzido na presença do tolueno (13%) e do benzeno (21%). S. bicolor teve sua matéria seca aumentada em 58% com o xileno. B. ruziziensis e P. maximum foram tolerantes para todos os contaminantes. A magnitude dos efeitos dos contaminantes nos indicadores microbiológicos do solo dependeu da espécie cultivada. A tolerância das plantas e da comunidade microbiana do solo aos contaminantes depende da espécie forrageira utilizada e deve ser aspecto importante para a seleção de plantas para recuperação de áreas degradadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVARES, C. A. et al. Koopen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22: 711-778, 2013.

BARROSO, G. M. et al. Mabea fistulifera and Zeyheria tuberculosa can be indicated for phytoremediation programs of soils contaminated with hormonal herbicides. International Journal of Phytoremediation, 24: 1-8, 2021.

BELLO, P. P. G. Environmental Investigation of the old Chemical Industry. Holos Environment, 20: 559-583, 2020.

CHAUDHARY, D. K. Molecular tools in petroleum hydrocarbon degradation: an overview. BAOJ Biotech, 2: 1-18, 2016.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de 2009. 2009. Available at: <https://conama.mma.gov.br/images/conteudo/LivroConama.pdf>. Access on: Jan. 25, 2024.

DANTAS, B. F. et al. Foliar Carbohydrates Content and invertase Activity in Vines at São Francisco River Valley- Brazil. Revista Brasileira de Fruticultura, 27: 198-202, 2005.

DINDAR E.; ŞAĞBAN F. O. T.; BAŞKAYA H. S. Bioremediation of petroleum contaminated soil. Journal of Biological and Environmental Sciences, 7: 19-39, 2013.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Recomendações de adubação para o Estado de Pernambuco. 2. ed. Recife, PE: Embrapa Solos, 2008. 212 p.

FERREIRA, L. S.; SOUZA, R. M. Influência de plantas na atividade microbiana de solos contaminados. Environmental Science Advances, 18: 135-148, 2023.

GLICK, B. R. Using soil bacteria to facilitate phytoremediation. Biotechnology Advances, 28: 367-374, 2010.

GOMES, H. A. et al. Effects of toxic compounds on soil bacterial communities. Microbial Ecology, 44: 199-210, 2022.

HEIDARI, S. et al. Physiological responses and phytoremediation ability of Eastern Coneflower (Echinacea purpurea) for crude oil contaminated soil, Caspian Journal of Environmental Sciences, 16: 149-164, 2018.

HUANG, X. D. et al. Responses of three grass species to creosote during phytoremediation. Environmental Pollution, 130: 453-463, 2004.

JOHNSON, C. M.; LEE, Y. H. Plant exudates and their role in enhancing soil microbial activity under contamination stress. Environmental Microbiology Reports, 15: 67-82, 2023.

KOVALEVA, E. I. et al. The Response of Higher Plants to the Oil Contamination of Soils in a Pot Experiment. Moscow University Soil Science Bulletin, 77: 178-187, 2022.

LIAO, C. et al. Biossurfactant-enhanced phytoremediation of soils contaminated by crude oil using maize (Zea mays L.), Ecological Engineering, 92: 10-17, 2016.

LICHTENTHALER, H. K.; WELLBURN, A. Determinations of total carotenoids and chlorophylls a and b of leaf extracts in different solvents. Biochemical Society Transactions, 603: 591-592, 1983.

MURATOVA, A. Y. et al. Remediating abilities of different plant species grown in diesel-fuel-contaminated leached chernozem. Applied Soil Ecology, 56: 51-57, 2012.

NGUEMTÉ, P. M. et al. Potentialities of six plant species on phytoremediation attempts of fuel oil-contaminated soils. Water, Air, & Soil Pollution, 229: 1-18, 2018.

PIMENTEL, I. C. Contagem de Bactérias pelo Método de Semeadura em Superfície: Protocolo I e II. In: DIONÍSIO, J. A. et al. Guia Prático de Biologia do Solo. Curitiba, PR: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2016. v. 1, cap. 3, p. 17-23.

RAMALHO, A. M. et al. Study of contamination by benzene due diesel and gasoline leaks at a gas station in Natal /Brazil. International Journal of Engineering & Technology Sciences, 14: 49-54, 2014.

RODRIGUES, A. L.; SILVA, M. P. Advances in plant-microbe consortia for soil bioremediation. Journal of Environmental Management, 278: 1-24, 2021.

SCOPEL, W.; BARBOSA, J. Z.; VIEIRA, M. L. Extração de pigmentos foliares em plantas de canola. Unoesc & Ciência, 2: 87-94, 2011.

SHAPIRO, S. S.; WILK, M. B. An analysis of variance test for normality (complete samples). Biometrika, 52: 591-611, 1965.

SHARMA, A. et al. Response of Phenylpropanoid Pathway and the Role of Polyphenols in Plants under Abiotic Stress. Molecules, 24: 1-22, 2020.

SHORES, A. R; HETHCOCK, B.; LAITURI, M. Phytoremediation of BTEX and Naphtalene from produced-water spill sites using Poaceae. International Journal of Phytoremediation, 20: 823-830, 2018.

SILVA, A. P. et al. Use of volatile organic compounds by sporulating bacteria in contaminated soils. Journal of Environmental Microbiology, 35: 215-230, 2022.

THACHARODI, A.; JEGANATHAN, C.; THACHARODI, D. Biomonitoring of Heavy Metal Polluiton by Bioluminescente Bacterial Biosensors, Indian Journal of Science and Technology, 12: 1-9, 2019.

TREVELYAN, W. E.; HARRISON, T. S. Dosagem de glicídios totais pelo método de antrona. Journal Biochemical, 50: 292-300, 1952.

YU, B. et al. BTEX in the environment: Na update on sources, fate, distribution, pretreatment, analysis, and removal techniques. Chemical Engineering Journal, 435: 1-54, 2022.

Downloads

Publicado

10-10-2024

Edição

Seção

Artigo Científico