REBROTA E CRESCIMENTO DO NIM APÓS O CORTE EM SOLO SALINO - SÓDICO TRATADO COM INSUMOS ORGÂNICOS
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n113rcPalavras-chave:
Azadirachta indica. Esterco bovino. Sodicidade do solo.Resumo
A salinidade e a sodicidade dos solos são problemas mundiais porque promovem a degradação das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos e comprometem a capacidade produtiva das áreas agrícolas. Uma das tentativas de redução do problema é a aplicação de corretivos inorgânicos ou insumos orgânicos associados com plantas tolerantes aos sais. Pelo exposto, o trabalho objetiva avaliar o efeito de insumos orgânicos na rebrota de cepas de nim (Azadirachta indica) após o corte no crescimento das plantas em solo salino - sódico. Os tratamentos foram arranjados em blocos ao acaso, com quatro repetições em esquema fatorial 3 × 5, referentes aos insumos orgânicos - esterco bovino, biofertilizante bovino comum (partes iguais de água e esterco fresco de bovino) e biofertilizante enriquecido quimicamente (componentes do biofertilizante comum associados a gesso, melaço de cana - de - açúcar e leite de vaca), aplicados uma única vez, após a lavagem do solo, dois dias antes da semeadura das sementes, aos níveis de 0, 3, 6, 9 e 12 % do volume do substrato. Exceto no diâmetro caulinar, o esterco bovino foi mais eficiente que os biofertilizantes no crescimento em altura e rendimento em biomassa das plantas de nim após o corte, principalmente nos tratamentos em níveis acima de 6 %. Os insumos orgânicos apesar de elevarem a salinidade e a sodicidade do solo no intervalo do final da lavagem até o corte das plantas, estimularam o crescimento biométrico e a formação de biomassa do nim em solo salino sódico.Downloads
Referências
BENBOUALI, E, et al. Short-term effect of organic residue incorporation on soil aggregate stability along gradient in salinity in the lower Cheliff plain (Algeria). African Journal of Agricultural Research, Pretória, v. 18, n. 19, p. 2144-2152, 2013.
BRASIL. Regras para análise de sementes. 1. ed. Brasília, DF: Mapa/ACS, 2009. 395 p.
CAMPOS, V. B. et al. Esterco bovino líquido em luvissolo sódico: I. Resposta biométrica e produtiva do maracujazeiro amarelo. Idesia, Arica, v. 29, n. 2, p. 59-67, 2011.
COPERSUCAR. Fundamentos dos processos de fabricação de açúcar e álcool. 1 ed. Piracicaba: Copersucar, 1988. 12 p. (Série Industrial, 20).
DINIZ, B. L. T. et al. Crescimento inicial e consumo hídrico de nim submetido ao estresse salino e biofertilizante bovino. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 8, n. 3, p. 470-475, 2013.
DONAGEMA, G. K. et al. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Embrapa Solos, 2011. 230 p.
DUNJANA, N. et al. Effects of cattle manure on selected soil physical properties of smallholder farms on two soils of Murewa, Zimbabwe. Soil Use and Management, Oxford, v. 28, n. 2, p. 211-228, 2012.
FERREIRA, D. F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35, n. 6, p. 1039-1042, 2011.
FREIRE, A. L. O. et al. Crescimento e nutrição mineral do nim (Azadirachta indica a. juss.) e cinamomo (Melia azedarach Linn.) submetidos à salinidade. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 2, p. 207-215, 2010.
FREIRE, M. B. G. S.; FREIRE, F. J. Fertilidade do solo e seu manejo em solos afetados por sais. In: NOVAIS, R. F. et al. (Eds.). Fertilidade do solo. Viçosa: SBCS, 2007, v. 1, cap. 16, p. 929-954.
GHRAB, M. et al. Water relations and yield of olive tree (cv. Chemlali) in response to partial root-zone drying (PRD) irrigation technique and salinity under arid climate. Agricultural Water Management, Amsterdam, v. 123, n. 1, p. 1-11, 2013.
GURUMURTHY, B. R. et al. Influence of soil salinity on relative biomass and critical limits of growth in selected tree species. Karnataka Journal Agriculture Science, Dharwad, v. 20, n. 1, p. 133-134, 2007.
HOLANDA, A. C. et al. Desenvolvimento inicial de espécies arbóreas em ambientes degradados por sais. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 7, n. 1, p. 39-50, 2007.
ISLA, R.; GUILLÉN, M.; ARAGÜÉS, R. Response of five tree species to salinity and water logging: Shoot and root biomass and relationships with leaf and root ion concentrations. Agroforestry Systems, Dordrecht, v. 88, n. 3, p. 461-477, 2014.
LEITE, E. M. et al. Redução da sodicidade em solo irrigado com a utilização de ácido sulfúrico e gesso agrícola. Revista Caatinga, Mossoró, v. 23, n. 2, p. 110-116, 2010.
MAHMOODABADI, M. et al. Reclamation of calcareous saline sodic soil with different amendments (I): Redistribution of soluble cations within the soil profile. Agricultural Water Management, Amsterdam, v. 120, n. 1, p. 30-38, 2013.
MARROCOS, S. T. P. et al. Composição química e microbiológica de biofertilizantes em diferentes tempos de decomposição. Revista Caatinga, Mossoró, v. 25, n. 4, p. 34-43, 2012.
MESQUITA, F. O. et al. Formação de mudas de nim com aplicação de biofertilizante bovino submetido à drenagem e estresse salino. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 47-54, 2015.
MIRANDA, M. A. et al. Condicionadores químicos e orgânicos na recuperação de solo salino-sódico em casa de vegetação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 15, n. 5, p. 484-490, 2011.
NASCIMENTO, I. R. et al. Determination of the mineral composition of fresh bovine milk from the milk-producing areas located in the State of Sergipe in Brazil and evaluation employing exploratory analysis. Microchemical Journal, New York, v. 96, n. 1, p. 37-41, 2010.
OMKAR, G. M. Neem, the wonder tree, under attack: A new major pest. Current Science, Bangalore, v. 102, n. 7, p. 960-970, 2012.
PAZHANIVELAN, S. et al. Influence of planting techniques and amendments on the performance of neem (Azadirachta indica) and changes in soil properties in rainfed alkali soil. Research Journal of Agriculture and Biological Sciences, Jordan, v. 2, n. 6, p. 443-446, 2006.
REZAPOUR, S. Effect of sulfur and composted manure on SO4-S, P and micronutrient availability in a calcareous saline–sodic soil. Chemistry and Ecology, Ancona, v. 30, n. 2, p. 147-155, 2014.
RICHARDS, L. A. Diagnosis and improvement of saline and alkaline soils. Washington: United States Salinity Laboratory Staff, 1954. 160p. (Agriculture Handbook, 60).
RODRIGUES, R. M. Avaliação do nim (Azadirachta indica A. Juss.) como alternativa à recuperação de áreas degradadas por sais. 2011. 74 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2011.
ROY, S. J.; NEGRÃO, S. TESTER, M. Salt resistant crop plants. Current Opinion in Biotechnology, Cambridge, v. 26, n. 1, p. 115-124, 2014.
SANTOS, H. G. et al. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed. Brasília, DF: Embrapa Solos 2013. 353 p.
SILVA, A. F. et al. Preparo e uso de biofertilizantes líquidos. Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2007. 4 p. (Comunicado Técnico, 130).
SILVA, V. B. et al. Decomposição e liberação de N, P e K de esterco bovino e de cama de frango isolados ou misturados. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 38, n. 4, p. 1537-1546, 2014.
TEJADA, M. et al. Use of organic amendment as a strategy for saline soil remediation: Influence on the physical, chemical and biological properties of soil. Soil Biology & Biochemistry, Elmsford, v. 38, n. 6, p. 1413-1421, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).