DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM GENÓTIPOS DE ALGODÃO EM CONDIÇÕES DE SAFRA E SAFRINHA

Autores

  • Thiago Alexandre Santana Gilio Department of Agronomy, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR
  • Dejânia Vieira de Araújo Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT
  • Willian Krause Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT
  • Hugo Henrique Ribeiro Rosa Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT
  • João Paulo Ascari Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n213rc

Palavras-chave:

Características Agronomicas. Mancha de ramulária. Gossypium hirsutum L.. Distância generalizada de Mahalanobis. Otimização de Tocher.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento agronômico e estimar a divergência genética entre 18 genótipos de algodeiro, com base em características agronômicas e de resistência à mancha de ramulária. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com cinco repetições, em duas épocas de plantio, sendo em safra (dezembro de 2012) e safrinha (janeiro de 2013). As características avaliadas foram: altura da planta, altura do primeiro ramo, posição do primeiro ramo frutífero, altura do primeiro ramo frutífero em centímetros, comprimento entre nós, número de nós, número médio de capulhos por planta, peso médio por capulho, área abaixo da curva de progresso da severidade da mancha de ramulária (AACPS), peso de cem sementes no terço médio, porcentagem de fibra, produção média por planta, produtividade e as caracteristicas tecnológicas da fibra do algodão.Foi realizada a análise de variância individual e conjunta das características avaliadas e estimada a divergência genética com base nos procedimentos multivariados de distância generalizada de Mahalanobis e o método de agrupamento de otimização de Tocher. Para estimar a divergência genética considerando as duas safras, as matrizes de dissimilaridade foram somadas. Houve variabilidade genética entre os genótipos testados, tanto em condições de safra como de safrinha. As características que mais contribuíram para a divergência genética foram a produção por planta na safra e a porcentagem de fibra na safrinha. Com os resultados deste trabalho sugere-se cruzamentos entre os genótipos BRS 335 e FMT 707, FM 910 e FMT 707, IMA 08-12427 e FMT 707.

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Biografia do Autor

Thiago Alexandre Santana Gilio, Department of Agronomy, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR

Atualmente cursa o doutorado em genética e melhoramento pela Universidade Estadual de Maringá, possui mestrado em genética e melhoramento de plantas pela Universidade do Estado do Mato Grosso, graduação em agronomia e formação em Técnico em Agricultura, com estágio realizado por 18 meses pela I.F.A.A. (Internatinal Farms Aid association), no período de 2006-2007 na área de agricultura (cereais) no estado de Illinois, Estados Unidos. Trabalhou no projeto para identificação de fontes de resistência a Ferrugem alaranjada da cana de açúcar e epidemiologia da mesma. Possui experiência nos temas, melhoramento vegetal, resistência de plantas a doenças e epidemiologia . Atualmente trabalha com resistência do algodoeiro a mancha de ramulária.

Dejânia Vieira de Araújo, Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2002), mestrado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras (2004) e doutorado em Agronomia (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras (2008), atuando nos seguintes temas: epidemiologia, doenças em grandes culturas, especialmente em algodão e soja, patologia de sementes e biologia molecular. Atualmente, é professora efetiva do Departamento de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Campus de Tangará da Serra atuando na graduação com a disciplina de Fitopatologia Geral e nos programas de mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola e de Genética e Melhoramento de Plantas.

Willian Krause, Department of Agronomy, Universidade do Estado de Mato Grosso, Tangará da Serra, MT

Professor na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), doutorado na área de genética e melhoramento de plantas, tem trabalhado no melhoramento genético de fruteiras, especialmente da cultura do maracujazeiro e abacaxizeiro e atua como docente no curso de mestrado em genética e melhoramento de plantas, nível 4.

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Publicado

24-01-2017

Edição

Seção

Agronomia