LEGUMINOSAS COMO PLANTAS DE COBERTURAS NO CULTIVO DE BANANEIRA EM REGIÃO SEMIÁRIDA

Autores

  • Mateus Augusto Lima Quaresma Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES
  • Fábio Luiz de Oliveira Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES
  • Diego Mathias Natal da Silva Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n309rc

Palavras-chave:

Agricultura sustentável. Adubo verde. Caatinga. Pueraria phaseoloides. Calopogonium mucunoides. Musa spp..

Resumo

Altas temperaturas e baixa precipitação caracteriza a região do semiárido Brasileiro. Este clima regional exige a adoção de práticas que aumentem a eficiência e sustentabilidade da agricultura local. O objetivo deste trabalho foi verificar o comportamento de espécies leguminosas herbáceas perenes como cobertura permanente do solo sob pomar de bananeira, no Vale do Jequitinhonha, nordeste do estado de Minas Gerais, Brasil. Para esse fim, foi avaliado as diferenças entre as leguminosas, calopogônio e cudzu tropical na capacidade de cobertura do solo, quantidade de fitomassa senescentes depositada na superfície do solo, conteúdo de nutrientes na fitomassa senescentes, bem como seus efeitos sobre a temperatura e umidade do solo em comparação com solo sem cobertura. Os resultados demonstraram que, em comparação com o cudzu tropical o calopogônio obteve maior capacidade de cobertura do solo e, devido a maior quantidade de fitomassa senescente, foi mais eficaz no incremento de nutrientes. Além disso, ambas leguminosas reduziram a temperatura e mantiveram maior umidade do solo em comparação com o solo sem cobertura. Essas espécies podem depositar níveis elevados de material senescente sobre a superfície do solo, proporcionando várias vantagens para o sistema de cultivo de bananeiras em região semiárida.

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Biografia do Autor

Mateus Augusto Lima Quaresma, Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2012), mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é doutorando em Produção Vegetal da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Agriculturas, com ênfase no Manejo e produtividade dos Sistemas Agrícolas; atuando principalmente nos seguintes temas: Fitotecnia; Meio ambiente; Agroecologia; Adubação verde; Olericultura; Fruticultura; Manejo e Conservação dos Solos e da Água.

Fábio Luiz de Oliveira, Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES

Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase na Produção Vegetal, atuando principalmente nos temas em Agroecologia: adubação verde, manejo orgânico e arranjos culturais; e Olericultura. É Pesquisador Capixaba FAPES.

Diego Mathias Natal da Silva, Agricultural Science Center, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES

Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é pós-doutorando em Produção Vegetal na Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Produção Vegetal e Agroecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Olericultura e Manejo e Conservação do Solo e da Água.

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Publicado

21-03-2017

Edição

Seção

Agronomia