DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE CULTIVARES CRIOULAS DE BATATA-DOCE CULTIVADAS POR AGRICULTORES TRADICIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n329rc

Palavras-chave:

Ipomoea batatas. Variabilidade Genética. Germoplasma. Melhoramento Vegetal.

Resumo

A variabilidade genética existente dentro da espécie Ipomoea batatas é amplo, assim, visando dar suporte a futuros programa de melhoramento genético da espécies é de suma importância que bancos de germoplasma sejam formados, conservados e caracterizados. Desta forma, objetivou com este trabalho resgatar e avaliar a divergência genética em acessos coletados em comunidades tradicionais do Vale do Ribeira Paulista. A condução do estudo foi realizada em campo da Fazenda da UNESP-Registro entre fevereiro/2013 a agosto/2014. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, com 95 acessos coletados e duas cultivares comerciais, com três repetições. Foram avaliadas características morfológicas da parte aérea e da raiz dos acessos segundo a metodologia de Huamán. A estimativa da matriz da distância genética foi realizada por meio das variáveis multicategoricas, sendo posteriormente os dados agrupados pelo método de Tocher. Também realizou-se análise da contribuição relativa de cada característica e correlação fenotípica dos descritores. De acordo com os resultados, pode-se concluir que há ampla diversidade genética entre os acessos de batata-doce coletados no Vale do Ribeira; os acessos não agruparam em função do ponto de coleta; os descritores que contribuíram com mais de 60% da divergência genética foram o tamanho da folha, perfil geral da folha, cor da folha imatura, pigmentação do pecíolo, coloração predominante das ramas, cor secundária das ramas, comprimento da haste, espessura do córtex, cor predominante da periderme e intensidade da cor da periderme; A correlação entre os descritores morfológicos foi verificada em 22,26% dos pares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BEVILÁQUA, G. A. P. et al. Agricultores guardiões de sementes e ampliação da agrobiodiversidade. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 31, n. 1, p. 99-118. 2014.

CARDOSO, A. D. et al. Avaliação de clones de batata-doce em Vitória da Conquista. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 23, n. 4, p. 911-914. 2005.

CARVALHO, F. I. F.; LORENCETTI, C.; BENIN, G. Estimativas e implicações da correlação no melhoramento vegetal. Pelotas, RS: UFPel, 2004. 142 p.

CASASSOLA, A. B. et al. Parental selection of wheat lines based on phenotypic characterization and genetic diversity. Crop Breeding and Applied Biotechnology, Viçosa, v. 13, n. 1, p. 49-58. 2013.

CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS À AGRICULTURA - CEPAGRI. A classificação climática de Koeppen para o estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima-dos-municipios-paulistas.html>. Acesso em: 12 fev. 2015.

CRUZ, C. D. GENES: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 35, n. 3, p. 271-276, 2013.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Batata-Doce: 'Brazlândia Branca'; 'Brazlândia Roxa'; 'Brazlândia Rosada' e 'Coquinho'. Disponível em: <http://www.cnph.embrapa.br/paginas/produtos/cultivares/batata_doce_varias.htm>. Acesso em: 25 fev. 2015.

FABRI, E. G. Diversidade genética entre acessos de bata-doce (Ipomoea batatas L. Lam.) avaliada através de marcadores microssatélites e descritores morfoagronômicos. 2009. 175 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2009.

FARIA, P. N. et al. Métodos de agrupamento em estudo de divergência genética de pimentas. Horticultura Brasileira, Vitória da Conquista, v. 30, n. 3, p. 428-432. 2012.

FONGOD, A. G. N.; MIH, A. M.; NKWATOH, T. N. Morphological and agronomical characterization of different accessions of sweet potato (Ipomoea batatas) in Cameroon. International Research Journal of Agricultural Science and Soil Science, New Jersey, v. 2, v. 6, p. 234-245, 2012.

FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO. Fao stat database gateway. Disponível em: <http://faostat3.fao.org/home/E>. Acesso em: 5 mar. 2015.

GONÇALVES NETO, A. C. et al. Correlação entre caracteres e estimação de parâmetros populacionais para batata-doce. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 30, n. 4, p. 713-719. 2012.

HUAMÁN, Z. Morphologic identification of duplicates in collections of Ipomoea batatas. Lima: International Potato Center. 1992. 28 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Estados. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/estadosat/index.php>. Acesso em: 20 ago. 2015.
MACIEL, G. M. et al. Genetic dissimilarity among the physiochemical characteristics of fruit from pepper accessions. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 32, n. 4, p. 978-985. 2016.

MAQUIA, I. et al. Molecular; morphological and agronomic characterization of the sweet potato (Ipomoea batatas L.) germplasm collection from Mozambique: Genotype selection for drought prone regions. South African Journal of Botany, Amsterdam, v. 88, n. 1, p. 142–151. 2013.

MENEZES, B. R. S. et al. Caracterização morfoagronômica em arroz vermelho e arroz de sequeiro. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 41, n. 4, p. 490-499. 2011.

MONTEIRO, D. A.; PERESSIN, V. A. Batata doce e cará. In: RAIJ, B. van et al. (Eds.). Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Campinas: Instituto Agronômico & Fundação IAC, 1997. v. 2, cap. 21, p. 226.

MUKHOPADHYAY, S. K. et al. Crops that feed the world 5. Sweetpotato. Sweet potatoes for income and food security. Food Security, Cham, v. 3, n. 3, p. 283-305. 2011.

NEDER, D. G. et al. Correlations and path analysis of morphological and yield traits of cactus pear accessions. Crop Breeding and Applied Biotechnology, Viçosa, v. 13, n. 3, p. 203-207. 2013.

NSA, S. O.; OKON, D. P.; ROBERT, S. P. Comparative effects of chicken manure and NPK on the yield of Ipomoea batatas. Journal of Agricultural and Crop Research, Burntwood, v. 1, n. 6, p. 90-93. 2013.

OLIVEIRA, A. C. B. et al. Avaliação da divergência genética em batata-doce por procedimentos multivariados. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 22, n. 4, p. 895-900. 2000.

OLIVEIRA, A. P. et al. Rendimento e qualidade de raízes de batata-doce adubada com níveis de uréia. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 23, n. 4, p. 25-928. 2005.

PARK, S. C. et al. Enhanced accumulation of carotenoids in sweetpotato plants overexpressing Ib Or-Ins gene in purple-fleshed sweetpotato cultivar. Plant Physiology and Biochemistry, Amsterdam, v. 86, n. 1, p. 82-90, 2014.

RITSCHEL, P. S.; HUAMÁN, Z. Variabilidade morfológica da coleção de germoplasma de batata-doce da Embrapa - Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, n. 4, p. 485–492, 2002.

RÓS, A. B.; NARITA, N. Produção de mudas de batata-doce a partir de poucas plantas matrizes. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 6, n. 1, p. 85-89. 2011.

SILVA, A. V. C. et al. Genetic diversity of sweet potatoes collection from Northeastern Brazil. African Journal of Biotechnology, Nairobi, v. 13, n. 10, p. 1109-1116, 2014.

SINGH, D. The relative importance of characters affecting genetic divergence. The Indian Journal of Genetics and Plant Breeding, New Delhi, v. 41, n. 2, p. 237-245. 1981.

THUMÉ, M. A. et al. Níveis críticos foliares de nutrientes de três cultivares de batata-doce, selecionados para a produção de etanol. Revista Ceres, Viçosa, v. 60, n. 6, p. 863-875. 2013.

VEASEY, A. E. et al. Phenology and morphological diversity of sweet potato (Ipomoea batatas) landraces of the Vale do Ribeira. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 64, n. 4, p. 416-427. 2007.

VIEIRA, E. A. et al. Variabilidade genética do banco de germoplasma de mandioca da Embrapa Cerrados acessada por meio de descritores morfológicos. Científica, Jaboticabal, v. 36, n. 1, p. 56-67. 2008.

Downloads

Publicado

28-05-2018

Edição

Seção

Nota Técnica