FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES E ENDOFÍTIOS “DARK SEPTATE” NO DESENVOLVIMENTO DA BIOMASSA DO CAPIM VETIVER

Autores

  • Jessica Silva Santos Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0001-8789-0146
  • Jacilene Francisca Souza Santos Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0001-5109-3663
  • Lázara Jossikarla de Oliveira Lopes Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0002-2413-0016
  • Johny de Jesus Mendonça Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0002-7690-6234
  • Francisco Sandro Rodrigues Holanda Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0001-6812-6679
  • Regina Helena Marino Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE http://orcid.org/0000-0002-7295-3746

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n308rc

Palavras-chave:

Poaceae. Chrysopogon zizanioides. Fungos filamentosos.

Resumo

O capim vetiver é uma espécie da família poácea que apresenta rápido desenvolvimento, provavelmente decorrente da interação com a microbiota nativa, cuja influência ainda não foi estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a colonização e o desenvolvimento do capim vetiver inoculado com fungos micorrízicos arbusculares e fungos endofíticos “dark septate”. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado composto por seis tratamentos (controle sem fungo micorrízico; inoculante microbiano nativo; UFLA05 - Gigaspora albida, UFLA351 – Rhizoglomus clarum, UFLA372 – Claroideoglomus etunicatum e UFLA401 – Acaulospora morrowiae), com três repetições. Os perfilhos de capim vetiver, assim como o inóculo microbiano nativo foram obtidos na área experimental do Baixo São Francisco, localizado no Estado de Sergipe, Nordeste do Brasil. O efeito da inoculação dos isolados UFLAs pode ter sido influenciado pela presença da micorriza nativa e pelos fungos endofíticos “dark septate”. Houve uma interação negativa entre todos isolados UFLAs testados e a microbiota nativa (micorriza e endofítico), nos tratamentos, principalmente quando se considera a altura da planta e o volume de raízes. O capim vetiver foi responsivo ao inoculante microbiano nativo. A colonização micorrízica do capim vetiver foi vesicular, mas a formação dos arbúsculos pode ser influenciada pela interação fungo, planta e ambiente.

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Biografia do Autor

Jessica Silva Santos, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento de Engenharia Agronômica Área: Microbiologia do solo

Jacilene Francisca Souza Santos, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento de Engenharia Agronômica Área: Microbiologia do solo

Lázara Jossikarla de Oliveira Lopes, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento de Engenharia Agronômica Área: Microbiologia do solo

Johny de Jesus Mendonça, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento de Engenharia Agronômica Área: Microbiologia do solo

Francisco Sandro Rodrigues Holanda, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento de Engenharia Agronômica Área: Manejo e conservação do solo e da água

Regina Helena Marino, Department of Agronomic Engineering, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE

Departamento Engenharia Agronômica Área: Fitossanidade; Microbiologia do solo; Biotecnologia

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Publicado

28-05-2018

Edição

Seção

Agronomia