BIOMASSA E PIGMENTOS CLOROPLASTÍDICOS EM MUDAS DE JAQUEIRA SOB ESTRESSE SALINO E ADUBAÇÃO NITROGENADA

Autores

  • Francisco Ítalo Fernandes de Oliveira Post-Graduate Program in Soil Science, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE http://orcid.org/0000-0002-8829-1505
  • Antônio Gustavo de Luna Souto Post-Graduate Program in Plant Science, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG http://orcid.org/0000-0003-2798-2174
  • Lourival Ferreira Cavalcante Post-Graduate Program in Agronomy, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB http://orcid.org/0000-0002-8827-4713
  • Wiliana Júlia Ferreira de Medeiros Post-Graduate Program in Soil Science, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE http://orcid.org/0000-0001-7550-405X
  • Sherly Aparecida da Silva Medeiros Post-Graduate Program in Agronomy, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB http://orcid.org/0000-0002-1886-3934
  • Flaviano Fernandes de Oliveira Departament of Soil and Rural Engineering, Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB, Brazil http://orcid.org/0000-0001-8317-4222

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n310rc

Palavras-chave:

Artocarpus heterophyllus L.. Estresse salino. Adubação nitrogenada.

Resumo

A irrigação com água salina é uma necessidade mundial e o excesso de sais da água ou do solo, causa inibição no crescimento e no rendimento da grande maioria das plantas cultivadas. Nesse contexto, os fertilizantes nitrogenados podem constituir alternativa para a mitigação dos efeitos dos sais sobre as plantas. Com isso, objetivou-se avaliar o acúmulo de biomassa e o índice de pigmentos clorofiláticos em mudas de jaqueira irrigadas com água de salinidades crescentes no solo com fontes de nitrogênio. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com quatro repetições e com três plantas por parcela, arranjados em fatorial 5 × 3, relativo aos níveis de condutividade elétrica da água de irrigação de 0,3; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 dS m–1, no solo sem nitrogênio, com sulfato de amônio e com ureia aplicados parceladamente aos 60 e 75 dias após a semeadura. O aumento da salinidade da água elevou a salinidade do solo, a qual foi intensificada pela dose de 150 mg de N, principalmente quando aplicada na forma de sulfato de amônio, ao ponto de inibir a formação de massa da matéria seca e os teores de clorofila em mudas de jaqueira. As maiores reduções no índice de clorofila a e b foram nas mudas de jaqueira irrigadas com água de 4,0 dS m–1 no solo sem adubação nitrogenada. A ureia é a fonte nitrogenada mais indicada para produção de mudas em condições de elevada salinidade.

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Biografia do Autor

Francisco Ítalo Fernandes de Oliveira, Post-Graduate Program in Soil Science, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE

Técnico de Nível Médio em Agropecuária pela Escola Agrotécnica do Cajueiro - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB/CCHA/CAMPUS IV), Catolé do Rocha - Paraíba (2009). Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB/CCA/CAMPUS II), Areia - Paraíba (2014), onde foi Bolsista de Iniciação Científica (IC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no período de Fevereiro/2011 a Julho/2012 e Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal da Paraíba (PIBIC/CNPq/UFPB), no período de Agosto/2012 a Julho/2014, sob orientação do Professor Dr. Lourival Ferreira Cavalcante. Em 2014 foi Laureado, com o segundo lugar do curso de Agronomia, pelo desempenho acadêmico. Mestre em Agronomia: Solos e Nutrição de Plantas (Área de concentração: Dinâmica do Solo e da água associada ao manejo do solo), da Universidade Federal do Ceará, sob orientação do Professor Dr. Claudivan Feitosa de Lacerda.

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Publicado

28-05-2018

Edição

Seção

Agronomia