SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA E PRÉ-CONDICIONAMENTO EM SEMENTES DE Mimosa caesalpiniifolia Benth.

Autores

  • Hohana Lissa de Sousa Medeiros Department of Agricultural Sciences and Forestry, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-6616-8058
  • Clarisse Pereira Benedito Department of Agricultural Sciences and Forestry, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-2846-1162
  • Nadjamara Bandeira de Lima Dantas Universidade Federal Rural do Semi-ÁridoDepartment of Agricultural Sciences and Forestry, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-1261-2181
  • Jorge Ricardo Silva do Couto Júnior Universidade Federal Rural do Semi-ÁridoDepartment of Agricultural Sciences and Forestry, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-8076-5788
  • Luirla Bento Ramalho Department of Agricultural Sciences and Forestry, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-4231-0029

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n315rc

Palavras-chave:

Fabaceae. Caatinga. Sementes florestais. Dormência. Priming.

Resumo

Sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) apresentam dormência tegumentar, dificultando a absorção de água e oxigênio, consequentemente retardando a germinação. Dessa forma, objetivou-se avaliar métodos para superação de dormência associados ao condicionamento fisiológico sobre germinação e vigor de sementes de sabiá, considerando a eficiência, praticidade e custo do tratamento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 5 (quatro métodos de superação de dormência x cinco tipos de condicionamento fisiológico), constituindo vinte tratamentos, com quatro repetições de vinte e cinco sementes. Os métodos de superação de dormência utilizados foram desponte, imersão das sementes em água quente a 100 °C por três minutos; imersão em ácido sulfúrico por 10 minutos e sementes intactas. Para determinação do tempo de condicionamento fisiológico das sementes, realizou-se a curva de embebição com os diferentes agentes condicionantes. O condicionamento fisiológico foi feito em papel filtro umedecido com soluções de manitol nos potenciais de -0,2 MPa (16 horas), -0,4 MPa (24 horas) e -0,6 MPa (36 horas) e apenas com água destilada para o hidrocondicionamento (12 horas) e sementes sem condicionamento. As variáveis analisadas foram primeira contagem de germinação, germinação, comprimento radicular, comprimento da parte aérea e massa seca de plântulas. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e teste de Tukey a 5% de probabilidade. A superação de dormência de sementes de M. caesalpiniifolia deve ser realizada com o uso de água quente (100 ºC) durante três minutos, sem necessidade do condicionamento fisiológico.

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Publicado

31-07-2020

Edição

Seção

Ciências Florestais