RESPOSTAS FISIOLÓGICAS NA CULTURA DO AMENDOIM IRRIGADO COM ÁGUAS SALINAS E FERTILIZAÇÃO ORGANOMINERAL

Autores

  • José Thomas Machado de Sousa Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0001-9460-1461
  • Geocleber Gomes de Sousa Rural Development Institute, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasielira, Redenção, CE https://orcid.org/0000-0002-1466-6458
  • Elane Bezerra da Silva Department of Soil Sciences, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0002-3224-7791
  • Francisco Barroso da Silva Junior Department of Soil Sciences, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0001-9203-3886
  • Thales Vinícius de Araújo Viana Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE https://orcid.org/0000-0003-0722-6371

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n320rc

Palavras-chave:

Arachis hypogaea L. Salinidade. Insumo orgânico. NPK.

Resumo

A adubação organomineral é uma alternativa para mitigar o estresse salino em regiões semiáridas. Baseado nisso, objetivou-se avaliar a adubação organomineral sob os índices fisiológicos na cultura do amendoim irrigado com água de baixa e alta salinidade. O experimento foi realizado no período de junho a setembro de 2019, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), no município de Redenção, Ceará, em delineamento experimental inteiramente casualizado, fazendo uso do esquema fatorial 5 × 2, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em cinco fertilizantes de solo (F1= 100% fertilizante mineral NPK na taxa recomendada; F2= 100% biofertilizante à base de esterco bovino; F3= 100% cinza vegetal; F4= 50% fertilizante mineral e 50% biofertilizante à base de esterco bovino; e F5= 50% fertilizante mineral e 50% de cinzas de plantas); e dois níveis de salinidade (condutividade elétrica) da água de irrigação (1,0 e 5,0 dS m-¹). A taxa fotossintética, a transpiração, a condutância estomática, a temperatura foliar, a concentração interna de CO2, a eficiência do uso da água e o índice de clorofila das plantas foram avaliados aos 40 e 54 dias após a semeadura (DAS). Plantas irrigadas com água de baixa salinidade proporcionaram maiores valores de condutância estomática, taxa fotossintética e transpiração, independentemente do método de fertilização adotado. A adubação com biofertilizante bovino 100% atenua o estresse salino e aumenta a eficiência no uso da água aos 40 DAS, além de mitigar a temperatura foliar e favorecer o maior teor relativo de clorofila aos 54 DAS.

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Publicado

19-07-2021

Edição

Seção

Engenharia Agrícola