DETERMINAÇÃO DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS FRUTOS DE DUAS POPULAÇÕES DE Passiflora cincinnata Mast.

Autores

  • Ana Claudia Alves D'Abadia Graduate Program in Agronomy, Universidade de Brasília, Brasília, DF https://orcid.org/0000-0001-8401-0377
  • Ana Maria Costa Embrapa Cerrados, Sector of thematic research and development centers, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Planaltina, DF https://orcid.org/0000-0003-4456-7802
  • Fábio Gelape Faleiro Embrapa Cerrados, Sector of thematic research and development centers, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Planaltina, DF https://orcid.org/0000-0001-8901-6428
  • Maria Madalena Rinaldi Embrapa Cerrados, Sector of thematic research and development centers, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Planaltina, DF https://orcid.org/0000-0001-7331-0374
  • Lívia de Lacerda de Oliveira Department of Nutrition, Universidade de Brasília, Brasília, DF https://orcid.org/0000-0001-5410-8752
  • Juaci Vitória Malaquias Embrapa Cerrados, Sector of thematic research and development centers, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Planaltina, DF https://orcid.org/0000-0001-6720-9624

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n208rc

Palavras-chave:

Antese. Química. Rendimento de polpa. Colheita. Maracujá.

Resumo

Passiflora cincinnata Mast. (maracujá da caatinga), possui frutos ácidos com sabor peculiar, coloração verde quando maduros e baixo percentual de abscisão dificultando a identificação do ponto de colheita. Com o objetivo de verificar o período de colheita em duas populações de P. cincinnata, flores foram marcadas na antese e após seis períodos os frutos foram colhidos. Avaliou-se a massa dos frutos, sementes e polpa, dimensões e formato dos frutos, percentual de água, cor e textura da casca, volume, cor e rendimento de polpa, pH, sólidos solúveis (SS), acidez titulável, Ratio, teor de polifenois, flavonoides e antocianinas. O ensaio foi esquematizado em delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial (2x6), sendo duas populações (CPEF2220 e CBAF2334) e seis períodos de colheita (20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias após a antese - DAA) com quatro repetições. Houve redução na espessura (43,1%) e porcentagem de água na casca (9,3%), pH (40,1%), Ratio, teor de polifenois e luminosidade da polpa. Observou-se aumentos na massa e volume da polpa, massa de sementes, rendimento da massa da polpa em relação ao fruto (72%), acidez titulável e SS (44,9%) em CPEF2220 e igualdade entre as populações no formato do fruto, cor da polpa, espessura e cor da casca (luminosidade e ºhue), pH e polifenois. Apesar que após 100 DAA ocorreram maiores rendimentos, entre 60 e 80 DAA foi possível identificar caraterísticas de SS, pH, acidez titulável, massa, volume e rendimento de polpa relativos a frutos maduros, permitindo a colheita após 60 DAA.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, F. P. et al. Passiflora cincinnata: maracujá-da-caatinga. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F.G.C. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 217-224 il. color. (Série Biodiversidade, 51).

BEVILAQUA, G. A. P. Avaliações físico-químicas durante a maturação de videiras cultivadas no rio grande do sul. Revista Brasileira de Agrociência, 1: 151-156, 1995.

CAMPOS, C. O. Frutos de umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda): características físico-químicas durante seu desenvolvimento e na pós-colheita. 2007. 113 f. Tese (Doutorado em agronomia: Área de concentração em horticultura) - Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2007.

COMPANHIA DE ENTREPOSTOS E ARMAZÉNS GERAIS DE SÃO PAULO - CEAGESP. A medida da doçura das frutas. São Paulo: Centro de qualidade, pesquisa e desenvolvimento. Cartilha técnica 08, 2016. 17 p.

CERVI, A. C. Passifloraceae do Brasil. Estudo do gênero Passiflora L., subgênero Passiflora. Madrid: Fontqueria XLV, 1997. 92 p.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de Frutos e Hortaliças: Fisiologia e Manuseio. 2. ed. Lavras, MG: FAEPE, 2005. 785 p.

COELHO, A. A.; CENCI, S. A.; RESENDE, E. D. Qualidade do suco de maracujá-amarelo em diferentes pontos de colheita e após o amadurecimento. Ciência e Agrotecnologia, 34: 722-729, 2010.

COSTA, A. M. Propriedades das passifloras como medicamento e alimento funcional. In: JUNGHANS, T. G.; JESUS, O. N./ Embrapa. (Org.). Maracujá do cultivo à comercialização. 1. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2017, v. 1, cap. 12, p. 299-318.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Cultivar de maracujazeiro silvestre (Passiflora cincinnata Mast.) para a Caatinga e para o Cerrado BRS Sertão Forte. 1. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2016. 2 p. (Folder técnico).

FRANCO, G. et al. Physical characterization of gulupa fruits (Passiflora edulis Sims) during ripening and postharvest. Revista Agronomía, 21: 48-62, 2013.

GADIOLI, I. L. et al. Systematic review on phenolic compounds in Passiflora plants: Exploring biodiversity for food, nutrition, and popular medicine. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 21: 785–807, 2018.

IMIG, D. C. Estudo taxonômico da família Passifloraceae Juss. no Distrito Federal, Brasil. 2013. 102 f. Dissertação (Mestrado em Botânica: Área de concentração em evolução e diversidade vegetal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 1. ed. São Paulo, SP: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020 p.

JESUS, O. N.; FALEIRO, F. G. Classificação botânica e biodiversidade. In: FALEIRO, F. G.; JUNQUEIRA, N. T. V. (Eds.). Maracujá: o produtor pergunta, a Embrapa responde. 1. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2016. v. 1, cap. 2, p. 24-39. (Coleção 500 perguntas, 500 respostas).

JESUS, O. N. et al. Aplicação de descritores morfoagronômicos utilizados em ensaios de DHE de cultivares de maracujazeiro-doce, ornamental, medicinal, incluindo espécies silvestres e híbridos interespecíficos (Passiflora spp.): manual prático. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 45 p.

JUNGHANS, T. G; JESUS, O. N. Passiflora cincinnata Mast. In.: JUNGHANS, T.G. et al. Guia de plantas e propágulos de maracujazeiro. 1. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 95 p.

LIMA, H. C. et al. Cultivo, aspectos produtivos, rendimento e caracteristicas dos frutos do maracujazeiro da caatinga, ‘cultivar BRS Sertão Forte’ no Cerrado do Brasil central. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 23., 2017, Porto Seguro. Anais... Rio de Janeiro: Sociedade brasileira de fruticultura, 2017. P. 01.

LARRAURI, J. A.; RUPÉREZ, P.; SAURA-CALIXTO, F. Effect of drying temperature on the stabilitity of polyphenols and antioxidant activity of red grape pomace peels. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 45: 1390-1393. 1997.

LEES, D. H., FRANCIS, F. J. Standardization of pigment analyses in cranberries. HortScience, 7: 83-84, 1972.

LESSA, A. O. Determinação do teor de compostos fitoquímicos e estudo do potencial para processamento da polpa de frutos de maracujá das espécies silvestres (Passiflora setacea DC, Passiflora cincinnata MAST). 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Alimentos: Área de concentração em engenharia de processos de alimentos) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetinga, 2011.

LEVENE, H. Robust tests for equality of variances. In: OLKIN, I. (ed.). Contribution to Probability and Statistics. Stanford, CA: Stanford University Press, 1960. v. 1, cap. 15, p. 278-292.

MAGALHÃES, A. C. B. Caracterização de frutos e sementes e germinação de Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener e Passiflora cincinnata Mast. 2010. 73 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais: Área de concentração em recursos genéticos vegetais) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2010.

MCGUIRE, R. G. Reporting of objective colour measurements. HortScience, 27: 1254-1255, 1992.

MIOT, H. A. Avaliação da normalidade dos dados em estudos clínicos e experimentais. Jornal Vascular Brasileiro. 16: 88-91. 2017.

OBANDA, M.; OWUOR, P. O. Flavanol Composition and Caffeine Content of Green Leaf as Quality Potential Indicators of Kenyan Black Teas. Journal of the Science of Food and Agriculture. 74: 209-215, 1997.

OLIVEIRA, J. C.; RUGGIERO, C. Espécies de maracujá com potencial agronômico. In: FALEIRO, F.G.; JUNQUEIRA, N.T.V.; BRAGA, M.F. Maracujá: germoplasma e melhoramento genético. 1. ed. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, v. 1, cap. 6, 2005. p. 143-158.

R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria, 2018. Available from: <https://www.R-project.org>.

SAMS, C. A. Preharvest factors affecting postharvest texture. Postharvest Biology and Technology, 15: 249-254, 1999.

SILVA, T. V. et al. Influência dos estádios de maturação na qualidade do suco do maracujá-amarelo. Revista Brasileira de Fruticultura, 27: 472-475, 2005.

WATADA, A. E. et al. Terminology for the description of developmental stages of horticultural crops. HortScience, 19: 20-21, 1984.

VIANNA-SILVA, T. et al. Influência dos estádios de maturação sobre as características físicas dos frutos de maracujá-amarelo. Bragantia, 67: 521-525, 2008a.

VIANNA-SILVA, T. et al. Qualidade do suco de maracujá-amarelo em diferentes épocas de colheita. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 28: 545-550, 2008b.

ZIELINSKI, A. A. F. et al. Blackberry (Rubus spp.): influence of ripening and processing on levels of phenolic compounds and antioxidant activity of the ‘Brazos’ and ‘Tupy’ varieties grown in Brazil. Ciência Rural, 45: 744-749, 2015.

Downloads

Publicado

22-05-2020

Edição

Seção

Agronomia