POTÁSSIO NÃO ATENUA O ESTRESSE SALINO NO MARACUJAZEIRO AMARELO SOB ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE IRRIGAÇÃO

Autores

  • Geovani Soares de Lima Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0001-9960-1858
  • Jailson Batista da Silva Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0003-0839-4799
  • Francisco Wesley Alves Pinheiro Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0003-1747-8652
  • Lauriane Almeida dos Anjos Soares Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0002-7689-9628
  • Hans Raj Gheyi Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0002-1066-0315

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n423rc

Palavras-chave:

Passiflora edulis f. flavicarpa. Estresse salino. Fisiologia. Produtividade.

Resumo

Objetivou-se com este trabalho avaliar as trocas gasosas, o crescimento e a produção do maracujazeiro amarelo cv. BRS GA1, em função das estratégias de manejo de irrigação com águas salinas e doses de potássio. A pesquisa foi desenvolvida sob condições de campo em São Domingos, PB. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 6 × 2, cujos tratamentos consistiram de seis estratégias de irrigação com águas salinas (irrigação com água de baixa salinidade durante todo ciclo de cultivo - SE; irrigação com água de alta salinidade na fase vegetativa - VE; de floração - FL; de frutificação - FR; nas fases sucessivas vegetativa/floração VE/FL; vegetativa/frutificação – VE/FR) e duas doses de potássio (100 e 130% de K2O da recomendação), com quatro repetições e quatro plantas por parcela. A dose de 100% correspondeu a 60 g de K2O planta-1 ano-1. Foram avaliados os efeitos do uso de água com alta salinidade (3,2 dS m-1), em alternância com água de baixa concentração de sais (1,3 dS m-1), em fases diferentes do ciclo de cultivo. A irrigação com água salina na fase de frutificação promoveu incremento na concentração intercelular de CO2 e diminuição na assimilação de CO2, destacando-se os efeitos de origem não estomáticos como fatores limitantes da eficiência fotossintética. A maior taxa de assimilação de CO2 nas plantas submetidas à salinidade da água de 1,3 dS m-1 durante todo o ciclo, resultou em aumento no número de frutos e na produção por planta do maracujazeiro cv. BRS GA1.

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Publicado

22-10-2020

Edição

Seção

Engenharia Agrícola