DÉFICIT HÍDRICO SOBRE INDICADORES DE CRESCIMENTO E FISIOLÓGICOS DE Bidens pilosa L. E Bidens subalternans DC.

Autores

  • Marcio Alexandre Moreira de Freitas Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-3951-6544
  • Hamurábi Anizio Lins Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-4548-9108
  • Matheus de Freitas Souza Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0002-5424-6028
  • Gabriella Daier Oliveira Pessoa Carneiro Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0003-0354-732X
  • Vander Mendonça Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-5682-5341
  • Daniel Valadão Silva Department of Agronomic and Forest Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0003-0644-2849

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n215rc

Palavras-chave:

Planta daninha. Estresse abiótico. Picão preto.

Resumo

O estresse provocado pelo déficit de água no solo tem sido um dos principais fatores que prejudicam o crescimento das plantas. O entendimento dos fatores relacionados ao comportamento das plantas daninhas em condições de estresse hídrico pode contribuir para a elaboração de estratégias eficientes de manejo. Dois experimentos foram realizados para avaliar os efeitos e duração do estresse hídrico sobre indicadores fisiológicos e de crescimento de Bidens pilosa L. e Bidens subalternans DC. O grau de estresse foi realizado avaliando-se quatro níveis de capacidade de vaso: 100, 75, 50 e 25%. A duração do estresse hídrico incluiu cinco tratamentos: 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 dias de intervalo de irrigação. Os experimentos foram realizados em blocos casualizados, com seis repetições. Foram avaliadas a taxa fotossintética (A; μmol CO2 m-2), condutância estomática (gs; μmol H2O m-2 s-1), transpiração (E; mmol H2O m-2 s-1), número de folhas por plantas e matéria seca de raízes, caules, folhas e total. Os resultados demostraram que a B. pilosa e B. subalternans podem suportar condições de baixa disponibilidade hídrica no solo. Os mecanismos envolvidos para essa habilidade podem estar relacionados com a redução da abertura estomática e a perda de folhas pela planta. Porém, esses mecanismos poderão ocorrer apenas quando a disponibilidade hídrica no solo aproxima a valores de 25% da capacidade de campo. A B. subalternans teve maior sensibilidade a redução de água disponível do solo, demostrando uma maior redução na matéria seca de folha, caule e raiz comparado a B. pilosa.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASFAW, A. et al. Variability and time series trend analysis of rainfall and temperature in northcentral Ethiopia: A case study in Woleka sub-basin. Weather and Climate Extremes, 19: 29-41, 2018.

CARVALHO, J. S. B.; MARTINS, J. D. L.; MOREIRA, K. A. Respostas fisiológicas de Hyptis pectinata (L.) Poit. ao estresse hídrico. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 12: 20-28, 2012.

CAVALCANTI, F. J. A. Recomendações de adubação para o Estado de Pernambuco. 2. ed. Recife, PE: IPA, 2008, 212 p.

CECHIN, I. et al. Differential responses between mature and young leaves of sunflower plants to oxidative stress caused by water deficit. Revista Ciência Rural, 40: 1290-1294, 2010.

DEISS, L. et al. Weed competition with soybean in no-tillage agroforestry and sole-crop systems in subtropical Brazil. Planta Daninha, 35: 1-11, 2017.

DUTRA, A. F. et al. Parâmetros fisiológicos e componentes de produção de feijão-caupi cultivado sob deficiência hídrica. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 10: 189-197, 2015.

FREITAS, C. D. M. et al. Effect of competition on the interaction between maize and weed exposed to water deficiency. Revista Caatinga, 32: 719-729, 2019.

FREITAS, C. D. M. et al. Gaseous exchanges of corn and weeds under competition and water regimes. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 24: 465-473, 2020.

FREITAS, R. M. O. et al. Physiological responses of cowpea under water stress and rewatering in no-tillage and conventional tillage systems. Revista Caatinga, 30: 559-567, 2017.

GUENNI, O. et al. Survival strategies of Centrosema molle and C. macrocarpum in response to drought. Tropical Grasslands-Forrajes Tropicales, 5: 1-18, 2017.

LEMOS, J. P. et al. Management of Bidens pilosa and Commelina benghalensis in organic corn cultivation under no-tillage. Planta Daninha, 31: 351-357, 2013.

LIMA, M. J. et al. Efeito combinado das variáveis meteorológicas sobre a condutância estomática do feijão-caupi. Horticultura Brasileira, 34: 547-553, 2016.

LLUSIA, J. et al. Photosynthesis, stomatal conductance and terpene emission response to water availability in dry and mesic Mediterranean forests. Trees, 30: 749-759, 2016.

LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 4. ed. Nova Odessa, SP: Plantarum, 2008, 640 p.

MUDO, L. E. D. et al. Leaf gas exchange and flowering of mango sprayed with biostimulant in semi-arid region. Revista Caatinga, 33: 332-340, 2020.

NEGIN, B.; MOSHELION, M. The evolution of the role of ABA in the regulation of water-use efficiency: From biochemical mechanisms to stomatal conductance. Plant Science, 251: 82-89, 2016.

OTTO, M. S. G. et al. Fotossíntese, condutância estomática e produtividade de clones de Eucalyptus sob diferentes condições edafoclimáticas. Revista Árvore, 37: 431-439, 2013.

PAMPLONA, J. P. et al. Seed germination of Bidens subalternans DC. exposed to different environmental factors. PLoS ONE, 15: 1-12, 2020.

PROCÓPIO, S. O. et al. Análise do crescimento e eficiência no uso da água pelas culturas de soja e do feijão e por plantas daninhas. Acta Scientiarum, 24: 1345-1351, 2002.

PROCÓPIO, S. O. et al. Características fisiológicas das culturas de soja e feijão e de três espécies de plantas daninhas. Planta Daninha, 22: 211-216, 2004a.

PROCÓPIO, S. O. et al. Ponto de murcha permanente de soja, feijão e plantas daninhas. Planta Daninha, 22: 35-41, 2004b.

RAFAIN, E. F. et al. Correlation between sowing and fertilizer application systems and weeds in soybean crops. Revista Caatinga, 33: 281-286, 2020.

RAMESH, K. et al. Weeds in a changing climate: vulnerabilities, consequences, and implications for future weed management. Frontiers in Plant Science, 8: 1-12, 2017.

SANTOS, A. S. et al. Influence of Uroclhoa brizantha cv. Marandu phytomass in the control of Bidens subalternans under dystrophic yellow latossol. African Journal of Agricultural Research, 10: 4215-4221, 2015.

SILVA, F. L. et al. Compilation of secondary metabolites from Bidens pilosa L. Molecules, 16: 1070-1102, 2011.

SOARES, M. M. et al. Effects of competition and water deficiency on sunflower and weed growth. Revista Caatinga, 32: 318-328, 2019.

SOUZA, M. F. et al. Soil water availability alter the weed community and its interference on onion crops. Scientiae Horticulturae, 272: 1-10, 2020.

SPINELLI, G. M. et al. Water stress causes stomatal closure but does not reduce canopy evapotranspiration in almond. Agricultural Water Management, 168: 11-22, 2016.

STEADMAN, K. J. et al. Maturation temperature and rainfall influence seed dormancy characteristics of annual ryegrass (Lolium rigidum). Australian Journal of Agricultural Research, 55: 1047-1057, 2004.

TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2017, 888 p.

TOMBESI, S. et al. Stomatal closure is induced by hydraulic signals and maintained by ABA in drought-stressed grapevine. Nature Scientific reports, 5: 1-12, 2015.

WEN, B. et al. Seed germination of the invasive species Piper aduncum as influenced by high temperature and water stress. Weed Research, 55: 155-162, 2015.

Downloads

Publicado

10-05-2021

Edição

Seção

Agronomia