ÍNDICES FISIOLÓGICOS E CRESCIMENTO DE GOIABEIRA ‘PALUMA’ IRRIGADA COM ÁGUA SALINA E ADUBAÇÃO NITROGENADA

Autores

  • Idelfonso Leandro Bezerra Department of Agronomy, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Rolim de Moura, RO http://orcid.org/0000-0002-1883-8093
  • Reginaldo Gomes Nobre Department of Science and Technology, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Caraúbas, RN http://orcid.org/0000-0002-6429-1527
  • Hans Raj Gheyi Nucleus of Soil and Water Engineering, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA http://orcid.org/0000-0002-1066-0315
  • Geovani Soares de Lima Academic Unit of Agricultural Sciences, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB http://orcid.org/0000-0001-9960-1858
  • Joicy Lima Barbosa Academic Unit of Agricultural Sciences, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB http://orcid.org/0000-0003-0422-5728

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252018v31n402rc

Palavras-chave:

Psidium guajava L.. Salinidade. Nitrogênio. Fisiologia.

Resumo

O cultivo da goiabeira irrigada nas áreas semiáridas evidencia a necessidade de informações a respeito de suas respostas à qualidade da água de irrigação e ao manejo da adubação que possibilite sua exploração. Assim, objetivou-se estudar o efeito da salinidade da água combinada com doses de nitrogênio no crescimento e fisiologia da goiabeira cv. ‘Paluma’, em experimento conduzido em lisímetros de drenagem sob condições de campo em uma área experimental no Centro de Ciência e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande (CCTA/UFCG), Campus II de Pombal, PB. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com tratamentos arranjados em esquema fatorial 5 x 4, relativos a cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação – CEa (0,3; 1,1; 1,9; 2,7 e 3,5 dS m-1) e quatro doses de nitrogênio (70, 100, 130 e 160% de N recomendada), sendo a dose referente a 100% correspondeu a 541,1 mg de N dm-3 de solo. O aumento da salinidade da água de irrigação a partir de 0,3 dS m-1 promoveu redução na condutância estomática, concentração interna de CO2, taxa de assimilação de CO2, transpiração, eficiência instantânea no uso da água, número de folhas e ramos, diâmetro de caule, taxa de crescimento absoluto e relativo. Doses de nitrogênio variando de 378,7 a 865,7 mg de N dm-3 de solo não afetaram as trocas gasosas e o crescimento das plantas. Apesar do crescimento da goiabeira cv. Paluma ser afetado com o aumento da salinidade, é possível irrigar com água de até 1,42 dS m-1 ocorrendo redução aceitável de 10% nas variáveis de crescimento. Não houve efeito significativo da interação entre salinidade da água de irrigação e doses de adubação nitrogenada em nenhuma variável estudada.

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Publicado

16-10-2018

Edição

Seção

Agronomia