QUALIDADE FISICO-QUIMICA DE FRUTOS DE ACEROLEIRA IRRIGADO COM ÁGUAS SALINAS E ADUBAÇÃO FOSFATADA

Autores

  • Geovani Soares de Lima Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0001-9960-1858
  • Anthony Ramos Pereira da Silva Academic Unit of Agricultural Engineering, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB https://orcid.org/0000-0002-1758-5784
  • Francisco Vanies da Silva Sá Center of Agrarian Sciences, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN https://orcid.org/0000-0001-6585-8161
  • Hans Raj Gheyi Nucleus of Soil and Water Engineering, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA https://orcid.org/0000-0002-1066-0315
  • Lauriane Almeida dos Anjos Soares Academic Unit of Agricultural Sciences, Center of Agrifood Science and Technology, Universidade Federal de Campina Grande, Pombal, PB https://orcid.org/0000-0002-7689-9628

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n123rc

Palavras-chave:

Malpighia emarginata. Irrigação, Salinidade. Nutrição mineral.

Resumo

No semiárido do Nordeste brasileiro devido à escassez qualitativa e quantitativa dos recursos hidricos o uso de água salina deve ser considerado como uma alternativa para expandir a agricultura irrigada. Contudo, a utilização de águas com níveis elevados de sais depende de práticas de manejo que minimizem os efeitos deletérios sobre as plantas. Neste contexto, objetivou-se avaliar os efeitos da irrigação com água de salinidade crescente e adubação com fósforo na composição físico-química pós-colheita dos frutos in natura de aceroleira ‘BRS 366 Jaburu’. A pesquisa foi realizada em ambiente protegido, em lisímetros com Neossolo Regolítico Psamitico Típico de textura franco-argilosa, utilizando-se o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 5x2 com três repetições e uma planta por parcela, relativo aos cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação de 0,6; 1,4; 2,2; 3,0 e 3,8 dS m-1 e duas doses de fósforo de 100 e 140% da recomendação de Musser. O aumento da salinidade das águas reduziu o tamanho dos frutos e a formação de massa fresca, mas aumentou os teores de sólidos solúveis e acidez titulável da polpa dos frutos de aceroleira. A adubação fosfatada, independente da dose estimulou a formação de massa fresca de frutos de aceroleira. A salinidade das águas inibiu a formação de ácido ascórbico dos frutos de aceroleira sendo maior valor observado nas plantas irrigadas com água de 0,6 dS m-1 adubadas com dose de 100% da recomendação de P2O5.

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Publicado

14-02-2020

Edição

Seção

Engenharia Agrícola