PRODUÇÃO DE AMENDOIM IRRIGADO COM ÁGUAS SALOBRAS VIA GOTEJAMENTO PULSADO E CONTÍNUO

Autores

  • Ruana Iris Fernandes Cruz Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0001-8493-0034
  • Gerônimo Ferreira da Silva Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0002-3348-7252
  • Manassés Mesquita da Silva Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0002-3892-3076
  • Alan Henrique Santos Silva Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0001-5442-0922
  • José Amilton Santos Júnior Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0002-1656-7103
  • Ênio Farias de França e Silva Department of Agricultural Engineering, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, PE https://orcid.org/0000-0002-8652-503X

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n121rc

Palavras-chave:

Arachis hypogaea L. Salinidade. Cloreto de sódio. Irrigação por pulsos.

Resumo

A irrigação por pulsos pode proporcionar maiores rendimentos para a cultura do amendoim em comparação a irrigação contínua com a utilização de águas salobras, contudo, estudos para as condições do Nordeste brasileiro utilizando esta técnica de manejo da irrigação associada ao uso de águas salobras são incipientes. Diante disso, objetivou-se com o trabalho avaliar o efeito do uso de águas salobras e da irrigação por gotejamento pulsado e contínuo sobre a produção de grãos e características produtivas do amendoim (Arachis hypogaea L.). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial de 6 x 2, composto por seis condutividades elétricas da água de irrigação (CEa: 0,2; 1,6; 2,8; 4,0; 5,2 e 6,4 dS m-1), na qual foi adicionada NaCl a água de abastecimento (CEa: 0,2 dS m-1) até atingir as respectivas CEa, e duas formas de aplicação da irrigação por gotejamento (com pulsos e contínua), com quatro repetições. As variáveis analisadas foram: a massa fresca e seca da parte aérea de 10 grãos, das vagens, dos grãos e da produção, além do número de vagens, do número de grãos, da percentagem de vagens chochas (PerVC) e da percentagem de grãos perfeitos (PerGP). A salinidade influenciou negativamente todas as variáveis estudadas, com exceção do PerVC e da PerGP. As menores percentagens de vagens chochas foram obtidas com a irrigação pulsada que por sua vez demonstrou a maior produção de vagens e de grãos independentemente dos níveis de condutividade elétrica da água avaliados. Nas condições desta pesquisa, é viável produzir amendoim utilizando águas salobras com condutividade elétrica de até 2,98 dS m-1.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABUARAB, M. E.; EL-MOGY, M.; LOTFY, A. Response of green bean to pulse subsurface trickle irrigation. Misr Society of Agricultural Engineering, 28: 1-17, 2011.

ALMEIDA, W. et al. Yield of green beans subjected to continuous and pulse drip irrigation with saline water. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 22: 476-481, 2018.

ALMEIDA, W. F.; LIMA, L. A.; PEREIRA, G. M. Drip pulses and soil mulching effect on american crisphead lettuce yield. Engenharia Agrícola, 35: 1009-1018, 2015.

AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard methods for examination of water and wastwater. 22. ed. Washington: American Public Health Association, 2012. 1360 p.

ARRUDA, I. M. et al. Crescimento e produtividade de cultivares e linhagens de amendoim submetidas a déficit hídrico. Pesquisa Agropecuária Tropical, 45: 146-154, 2015.

ARYA, S. S.; SALVE, A. R.; CHAUHAN, S. Peanuts as functional food: a review. Journal of Food Science and Technology, 53: 31-41, 2015.

ASSOULINE, S. et al. Soil-plant system response to pulsed drip irrigation and salinity. Soil Science Society of America Journal, 70: 1556-1568, 2006.

AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A qualidade da água na agricultura. 2. ed. Campina Grande, PB: UFPB, 1999. 153 p.

BORGES, A. L.; SILVA, D. J. Fertilizantes para fertirrigação. In: SOUSA, V. F. et al. (Eds.). Irrigação e fertirrigação em fruteiras e hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2011. v. 1, cap. 7. p. 253-264.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. 7. ed. Brasília, DF: CONAB, 2020. 104 p.

CORREIA, K. G. et al. Crescimento, produção e características de fluorescência da clorofila a em amendoim sob condições de salinidade. Revista Ciência Agronômica, 40: 514-521, 2009.

EID, A. R.; BAKRY, B. A.; TAHA, M. H. Effect of pulse drip irrigation and mulching systems on yield, quality traits and irrigation water use efficiency of soybean under sandy soil conditions. Agricultural Sciences, 4: 249-261, 2013.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Amendoim BR-1: Informações para seu cultivo. 4. ed. Campina Grande, PB: Centro Nacional de Pesquisa de Algodão, 2009. 2 p.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Embrapa, 2011. 212 p.

FERREIRA, D. F. Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência & Agrotecnologia, 35: 1039-1042, 2011.

GRACIANO, E. S. A. et al. Crescimento e capacidade fotossintética da cultivar de amendoim BR-1 sob condições de salinidade. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 15: 794-800, 2011.

HASANUZZAMAN, M. et al. Soybean production and environmental stresses. In: MIRANSARI, M. (Ed.). Environmental Stresses in Soybean Production. 1. ed. Londres, LN: Academic Press, 2016. v. 2, cap. 4, p. 61-102.

MANTOVANI, E. C.; BERNARDO, S.; PALARETTI, L. F. Irrigação: Princípios e métodos. 3. ed. Viçosa, MG: UFV, 2009, 318 p.

PAULUS, D. et al. Crescimento, consumo hídrico e composição mineral de alface cultivada em hidroponia com águas salinas. Revista Ceres, 59: 110-117, 2012.

RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ, V. V. H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª aproximação. 1. ed. Viçosa, MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. 280 p.

RICHARDS, L. A. Diagnosis and improvement of saline and alkali soils. Washington, D. C.: United States Salinity Laboratory, United States Department of Agriculture, 1954. 59 p. (Handbook, 60).

SÁ, F. V. S. et al. Tolerance of peanut (Arachis hypogea) genotypes to salt stress in the initial phase. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 24: 37-43, 2020.

SANTOS, D. B. et al. Produção e parâmetros fisiológicos do amendoim em função do estresse salino. Idesia, 30: 69-74, 2012.

SANTOS, H. G. et al. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3. ed. Brasília, DF: Embrapa, 2013. 353 p.

SILVA, A. C. N. et al. Crescimento inicial do amendoinzeiro BR-1 irrigado com água salina. Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, 8: 37-44, 2015.

SILVA, A. O. et al. Avaliação do desempenho de métodos de estimativa de evapotranspiração potencial para região norte de Recife-PE. Engenharia na Agricultura, 20: 163-174, 2012.

SIZENANDO, C. I. T. et al. Agronomic efficiency of Bradyrhizobium in peanut under different environments in Brazilian Northeast. African Journal of Agricultural Research, 11: 3482-3487, 2016.

SOUSA, G. G. et al. Características agronômicas do amendoinzeiro sob irrigação com águas salinas em solo com biofertilizantes. Revista Agro@mbiente, 6: 124-132, 2012.

SOUSA, G. G. et al. Irrigação com Água salina na cultura do amendoim em solo com biofertilizante bovino. Nativa, 2: 89-94, 2014.

TAGLIAFERRE, C. et al. Produtividade e tolerância do feijão caupi ao estresse salino. Irriga, 23: 168-179, 2018.

TAVARES, M. H. F. et al. Uso do forno de microondas na determinação da umidade em diferentes tipos de solo. Semina: Ciências Agrárias, 29: 529-538, 2009.

ZAMORA, V. R. O. et al. Pulse drip irrigation and fertigation water depths in the water relations of coriander. Horticultura Brasileira, 37: 22-28, 2019.

Downloads

Publicado

04-03-2021

Edição

Seção

Engenharia Agrícola