Como contar a história dos Direitos Humanos na Europa. Algumas questões metodológicas

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DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v6.n12.p21-50.2022

Resumo

Neste texto pretende-se discutir alguns problemas metodológicos que se colocam quando se pensa numa história dos Direitos Humanos. Procura-se, por meio de exemplos retirados de diversos contextos históricos, da Antiguidade até ao século XX, desenvolver duas ideias centrais. Por um lado, questionar a ideia de que o conceito de «direitos humanos» possa ser transtemporal. Pelo contrário, procura mostrar-se que houve contextos históricos em que dificilmente se podia concetualizar direitos à escala da humanidade. A outra ideia central é a de que não é possível fazer uma história linear e contínua dos direitos humanos e que, quando os historiadores o tentam fazer, facilmente incorrem na retroprojeção e no anacronismo. Procura-se também identificar alguns debates historiográficos em torno destas questões, chamando-se a atenção para diferentes posicionamentos. 

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Biografia do Autor

Cristina Nogueira da Silva, Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

Professor at the Faculty of Law of Universidade Nova de Lisboa (legal history; history of political ideas; colonial history) ). Researcher - CEDIS-Centre for the Study of Law and Society. PhD in History of Law (Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, 2005); MA in Social Sciences (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 1997); Degree in History (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 1989). Main research areas: history of the legal personal status in the Portuguese overseas territories (XIX and XXth centuries); classical liberalism and citizenship in the nineteenth century. PhD’s thesis: Constituição e Império: a cidadania no Ultramar Português (Constitutionalism and Empire. Citizenship in Portuguese Ultramar).

Publicado

12-01-2023

Edição

Seção

DOSSIÊ HISTÓRIA CONSTITUCIONAL: CONCEITOS, INSTITUIÇÕES E EXPERIÊNCIAS