Feminismo crítico: interseccionalidade como ferramenta para "lugar de fala" ou a "Esfera Pública"?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v8.n15.p259-285.2024

Resumo

Pensar a opressão é sempre tarefa árdua, principalmente quando tal análise se dá em espacializações onde cada indivíduo pode ser atravessado por diversos fatores sociais que isoladamente já possuem o condão de gerar situações de subalternização e sujeição social. Destacar os atores sociais a partir da condição de legitimidade para falar, emerge como um problema a ser analisado aprofundadamente. Assim, a problematização a partir da ferramenta da interseccionalidade como lente capaz de jogar luzes sobre trombos de marginalização social, e trazer para o texto os conceitos de “lugar de fala”, que tem se desgarrado nos debates em geral de sua condição de elemento da Análise do Discurso e de “esfera pública” como espaços que incluem todos como participantes possíveis na qualidade de agentes do discurso, pode fornecer direções para os processos socialmente emancipatórios. Uma compreensão teoricamente sustentável dos elementos como “interseccionalidade”, “lugar de fala” e “esfera pública”, não podem se limitar à uma analítica conceitual formal, mas demanda a assimilação da expansão de seus efeitos pragmáticos também para que as lutas concretas tenham efetividade no contexto democrático. Esse é o pano de fundo da reflexão em que o trabalho opera e se propõe como uma contribuição para um feminismo crítico.

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Biografia do Autor

Gabriela de Sousa Moura, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Professora universitária. Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG. Mestra em Direito pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/Minas.

Alexandre Gustavo Melo Franco de Moraes Bahia, Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP

Professor da Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP. Doutor e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG.

Luiz Carlos Garcia, UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT

Professor de Direito Privado junto a Universidade Federal do Tocantins - UFT. Doutor e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Mestre em Engenharia Ambiental no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Ouro Preto. Pós-graduado em Direito Administrativo e Financeiro e em Direito Ambiental pela Intervale. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto. Foi professor nas instituições Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC/Itabirito. Professor substituto no Instituto Federal de Minas Gerais - IFMG. Coordenador de Extensão da UNIPAC/Itabirito. Atuou como professor substituto de direito privado junto a Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP. Atuou como professor de Direito público junto a Faculdade de Direito do Leste de Minas - FADILESTE. Desenvolve trabalhos na prática extensionista, orientação de iniciação científica e monografia de conclusão de curso. Com área de estudos direcionada para as temáticas de diversidade, em especial de gênero e sexual.

Publicado

08-03-2024

Edição

Seção

FLUXO CONTÍNUO