Distribuição de emendas parlamentares em Universidades Federais Rurais (2016-2023)

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DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v8.n16.p78-104.2024

Resumo

Desde 2015, o orçamento impositivo determina a obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares individuais no orçamento anual. Essas emendas, decididas livremente, podem beneficiar entidades de interesse pessoal dos parlamentares. Apesar das críticas, elas têm ganhado espaço e, com o regime fiscal de 2016, passaram a ser uma fonte adicional de recursos para instituições públicas. Passada quase uma década de sua implementação, as dinâmicas de distribuição desses recursos tornaram-se um campo de estudo relevante. No entanto, poucos estudos analisaram como ocorre a destinação dessas emendas para universidades, sendo ainda mais escassas as pesquisas focadas nas quatro universidades federais rurais existentes. Este estudo, de natureza descritiva, tipo documental e abordagem mista, analisa como deputados e senadores destinaram emendas individuais a essas instituições entre 2016 e 2023, a fim de suprir a lacuna identificada. Os principais resultados demonstraram que há uma tendência alocativa para ações na área de reestruturação, expansão e modernização das universidades e, em alguns casos, a distribuição de mais verbas por emendas impositivas não está tão associada ao maior número de deputados federais por Estado. A pesquisa contribui para o avanço das reflexões no campo do orçamento impositivo e sua relação com a educação superior, sugerindo novas agendas de pesquisa.

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Biografia do Autor

Adailson Pinho de Araújo, Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil

Mestrando e Bacharel em Direito pela Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa). Especialista em Orçamento, Governança e Gestão de Riscos no Setor Público pela Universidade de Brasília (UnB). MBA em Gestão de Instituições Públicas pelo Instituto Federal de Rondônia (IFRO). Pesquisador vinculado ao Observatório do Direito à Educação da Universidade de São Paulo (USP) e ao Laboratório de Métodos Quantitativos em Direito da Ufersa (MQD-Lab).

Ana Cláudia de Souza Valente, Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Graduada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília - UniCeub (2004) e em Administração pela Universidade de Brasília - UnB (2003). Especialista em Direito Público na área de "Prática Processual nos Tribunais" pelo UniCeub. Mestra em Direito pelo UniCeub, com pesquisas na área de Políticas Públicas, Estado e Desenvolvimento, na linha de pesquisa voltada para o controle penal, especialmente no âmbito da infância e adolescência. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa de Administração da Justiça da Universidade de Brasília (AJUS/UnB). Doutoranda em Administração, na linha de pesquisa Administração Pública e Políticas Públicas, do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Brasília - PPGA/UnB, com ênfase em estudos sobre mudanças institucionais.

Lizziane Souza Queiroz Franco de Oliveira, Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil

Doutora em Direito pela Universidade Federal do Ceará (2019). Professora associada e pesquisadora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa). 

Publicado

11-12-2024

Edição

Seção

FLUXO CONTÍNUO