O percurso do “repúdio ao terrorismo” na Assembleia Constituinte (1987-88): a Comissão Afonso Arinos e as controvérsias ausentes

Autores

  • Ana Carolina Couto Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v3.n6.p100-115.2019

Resumo

O artigo aborda o percurso do repúdio ao terrorismo nas discussões que ocorreram ao longo da Assembleia Nacional Constituinte, utilizando como referencial teórico-histórico as principais controvérsias pautadas à época sobre a agenda de combate ao terrorismo, incluindo sua relação intrínseca com a proteção dos direitos humanos, o punitivismo e a falta de definição clara desse crime. Embora uma das principais características da Constituição de 1988 seja a forma democrática como foi elaborada, com a articulação de diversos projetos políticos e ideológicos e a ampla participação popular, a previsão de terrorismo foi feita por meio do resgate ao pré-projeto da Comissão Afonso Arinos. Nesse sentido, o presente artigo investiga por meio da análise dos debates sobre o repúdio ao terrorismo ocorridos no contexto da elaboração do artigo 4º da Constituição de 1988, se algumas controvérsias substantivas atinentes ao terrorismo à época não teriam sido relegadas a segundo plano ou simplesmente ignoradas, ao se recorrer ao texto do Anteprojeto da Comissão Afonso Arinos como forma de atalho à redação dos princípios de relações internacionais.

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Publicado

24-03-2020

Como Citar

COUTO, A. C. O percurso do “repúdio ao terrorismo” na Assembleia Constituinte (1987-88): a Comissão Afonso Arinos e as controvérsias ausentes. Revista Jurídica da UFERSA, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 100–115, 2020. DOI: 10.21708/issn2526-9488.v3.n6.p100-115.2019. Disponível em: https://periodicos.ufersa.edu.br/rejur/article/view/9100. Acesso em: 17 jul. 2025.

Edição

Seção

FLUXO CONTÍNUO