Aplicativo para dispositivos móveis para divulgar a biologia e as formas de transmissão do Aedes Aegypti L. (Diptera: Culicidae)

Autores

  • Éshylla Myllene Santos do Nascimento Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Aldeni Barbosa da Silva Instituto Federal da Paraíba (IFPB)

DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2674-6549.v4i1a8597.2022

Palavras-chave:

Android studio, Java, Zica, Dengue, Dispositivo móvel

Resumo

Português

Esse trabalho teve como objetivo a criação de um aplicativo para dispositivos móveis com o intuito de divulgar a biologia e as formas de transmissão do A. aegypti L., tendo em vista que o A. aegypti L. é, sem dúvida, um dos principais vetores de doenças como a dengue, por exemplo. Sendo assim, se viu necessário a criação de um aplicativo para divulgar a proliferação desses mosquitos. O estudo foi desenvolvido com a comunidade da cidade de Areia/PB. O aplicativo foi desenvolvido para o Sistema Operacional Android, para a construção do mesmo foi utilizada a plataforma Android Studio (versão 27.1.1), tal plataforma utiliza a linguagem JAVA para o desenvolvimento do aplicativo. Inicialmente, apresentou-se o aplicativo para uma amostra de 100 pessoas da população. No segundo momento, iniciou-se a pesquisa de campo com a aplicação de dois questionários, um referente ao conhecimento da população sobre o A. aegypti, e o outro, referente a aceitação do aplicativo para dispositivos móveis para divulgar a biologia e as formas de transmissão do A. aegypti. Observou-se que 53% das pessoas entrevistadas já contraíram alguma doença transmitida pelo A. aegypti. 27% dos entrevistados já contraíram dengue, 18%, Zica, 8%, Chikungunya e 47% nunca contraíram nenhuma doença transmitida pelo A. aegypti. Das pessoas entrevistadas, 63% afirmaram que conhecem as formas de transmissão, e 70% sabem se prevenir das doenças transmitidas pelo A. aegypti. Verifica-se que 86% dos entrevistados acreditam que um aplicativo pode sim auxiliar a cientificar a população sobre o assunto. 80% dos entrevistados afirmaram que as informações presentes no aplicativo são relevantes. 60% dos entrevistados acreditam que se tivessem acesso ao aplicativo as chances de contrair alguma doença transmitida pelo A. aegypti iriam diminuir. Mais de um terço dos entrevistados, avaliaram o aplicativo como ótimo, podendo concluir que o aplicativo é uma ferramenta eficaz para a cientificação da população e ajuda no combate ao A. aegypti.

Inglês

This work aimed to create an application for mobile devices in order to disseminate the biology and transmission forms of A. aegypti L., considering that A. aegypti L. is undoubtedly one of the main vectors of diseases such as dengue, for example. Therefore, it was necessary to create an application to publicize the proliferation of these mosquitoes. The study was developed with the community of the city of Areia/PB. The application was developed for the Android Operating System, the Android Studio platform (version 27.1.1) was used to build it, this platform uses the JAVA language for the development of the application. Initially, the application was presented to a sample of 100 people from the population. In the second moment, the field research began with the application of two questionnaires, one referring to the population's knowledge about A. aegypti, and the other referring to the acceptance of the application for mobile devices to disseminate the biology and forms of transmission of A. aegypti. It was observed that 53% of the people interviewed had already contracted a disease transmitted by A. aegypti. 27% of respondents have already contracted dengue, 18%, Zica, 8%, Chikungunya and 47% have never contracted any disease transmitted by A. aegypti. Of the people interviewed, 63% said they know the ways of transmission, and 70% know how to prevent diseases transmitted by A. aegypti. It appears that 86% of respondents believe that an application can indeed help educate the population on the subject. 80% of respondents said that the information in the app is relevant. 60% of respondents believe that if they had access to the application, the chances of contracting a disease transmitted by A. aegypti would decrease. More than a third of respondents rated the application as excellent, concluding that the application is an effective tool for public awareness and helps in the fight against A. aegypti.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Éshylla Myllene Santos do Nascimento, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Graduação em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). E-mail: eshyllasantos@gmail.com.

Aldeni Barbosa da Silva, Instituto Federal da Paraíba (IFPB)

Pós-Doutorado em Agronomia Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB). E-mail: aldeni.silva@ifpb.edu.br.

Referências

AMMENWERTH, E.; BUCHAUER, A.; BLUDAU, B.; HAUX, R. Mobile information and communication tools in the hospital. International Journal of Medical Informatics, v. 57, p. 21-40, 2000.

BESERRA, E. B.; CASTRO JÚNIOR, F. P; SANTOS, J. W.; SANTOS, T. S.; FERNANDES, C. R. M. Biologia e Exigências Térmicas de Aedes aegypti (L.) (Diptera: Culicidae) Provenientes de Quatro Regiões Bioclimáticas da Paraíba. Neotropical Entomology, v. 35, n. 6, p. 853-860, 2006.

BESERRA, E. B.; FREITAS, E. M.; SOUZA, J. T.; FERNANDES, C. R. M.; SANTOS, K. D. Ciclo de vida de Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera, Culicidae) em águas com diferentes características. Iheringia, Série Zoologia, v. 99, n. 3, p. 281-285, 2009.

BRAGA, I. A; VALLE, D. Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 16, n. 2, 2007. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742007000200006. Acesso em: 20 set. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para a prevenção e controle de epidemias de dengue. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

CASTRO, A. P. C. R.; LIMA, R. A.; NASCIMENTO, J. S. Chikungunya: a visão do clínico de dor. Revista Dor, scielo. p. 299 - 302, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-00132016000400299&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 31 out. 2021.

COELHO, G. E. Dengue: desafios atuais. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 17, n. 3, p. 231-233, 2008.

CPRM. Projeto de cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea: diagnóstico do município de Areia, estado da Paraíba. Recife: CPRM; PRODEEM; Serviço Geológico do Brasil, 2005.

DONALÍSIO, M. R.; GLASSER, C. M. Vigilância entomológica e controle de vetores do dengue. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 5, n. 3 p. 259 - 272, 2002.

FORATTINI, O. P. Culicidologia médica. São Paulo, EDUSP, 2002.

FORNAZIN, M. A Informatização da Saúde no Brasil: uma análise multi-paper inspirada na Teoria Ator-Rede. 2015. 164 f. Tese (Doutorado em Administração) – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/13744/Tese%20Marcelo%20Fornazin%20v6.7.pdf. Acesso em: 18 maio 2022.

FREE, C.; PHILLIPS, G.; FELIX, L.; GALLI, L.; PATEL, V.; EDWARDS, P. The effectiveness of M-health technologies for improving health and health services: a systematic review protocol. BMC Res Notes. v. 3, n. 250, p. 1-7, 2010.

GÓIS, F. R. Investigação de arbovírus (gênero Flavivírus) de interesse à saúde pública em mosquitos (Aedes aegypti e Aedes albopictus) em Foz do Iguaçu, Paraná. 2017. Monografia (Ciências Farmacêuticas) – Universidade federal do Paraná, CURITIBA, 2017. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/47395. Acesso em: 21 set. 2022.

IBGE. Cidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/areia/panorama. Acesso: 12 de dez. 2022.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MANIERO, V. C. et al. Dengue, chikungunya e zika vírus no Brasil: situação epidemiológica, aspectos clínicos e medidas preventivas. Almanaque Multidisciplinar de Pesquisa, v. 1, n. 1, p. 118-145, 2016. Disponível em: http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/amp/article/view/3409. Acesso em: 18 maio 2022.

MARÇAL JR., O.; A, SANTOS. Infestação por Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) e incidência do dengue no espaço urbano: Um estudo de caso. Cam. Geograf., v.15, p. 241-251, 2004.

MARTINS, F.; I.G. SILVA. Avaliação da atividade inibidora do diflubenzuron na ecdise das larvas de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae). Rev. Soc. Brasil. Méd. Trop., v. 37, p. 135- 138, 2004.

NATAL, D. Bioecologia do Aedes aegypti. Biológico, v. 64, p. 205-207, 2002.

SEGATA, J. O. Aedes aegypti e o digital. Horizontes Antropológicos, v. 23, n. 48, p. 19-48, 2017.

SILVA, J. S. A Dengue no Brasil e as políticas de combate ao Aedes aegypti: da tentativa de erradicação ás políticas de controle. Hygeia, v. 4, n. 6, p. 163- 175, 2008.

SOUZA, R. C.; ALVES, L. A. C.; HADDAD, A. E.; MACEDO, M. C. S.; CIAMPONI, A. L. Processo de criação de um aplicativo móvel na área de odontologia para pacientes com necessidades especiais. Revista da ABENO, v. 13, n. 2, p. 58-61, 2013.

SOUZA, A. L.; MURTA, C. A. R.; LEITE, L. G. S. Tecnologia ou metodologia: aplicativos móveis na sala de aula. Anais do EVIDOSOL/CILTEC-online, v. 5, n. 1, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/anais_linguagem_tecnologia/article/view/10551. Acesso em: 18 maio 2022.

SOUZA, K. R.; SANTOS, M. L. R.; GUIMARÃES, I. C. S.; RIBEIRO, G. S.; SILVA. L. K. Saberes e práticas sobre controle do Aedes aegypti por diferentes sujeitos sociais na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 5, p. 01-13, 2018.

TAUIL, P. L. Condições para a transmissão da febre do vírus Chikungunya. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 23, n. 4, p 773-774, 2014.

TIBES, C. M. S.; DIAS, J. D; ZEM-MASCARENHAS, S. H. Aplicativos móveis desenvolvidos para a área da saúde no Brasil: Revisão Integrativa da Literatura. Revista Mineira de Enfermagem, v. 18, n. 2, p. 479-486, 2014.

ZARA, A. L. S. A.; SANTOS, S. M.; FERNANDES-OLIVEIRA, E. S.; CARVALHO R. G.; COELHO, G. E. Estratégias de controle do Aedes aegypti: uma revisão. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, n. 2, p. 391-404, 2016.

ZELLWEGER, R. M.; CANO, J.; MANGEAS, M.; TAGLIONI, F.; MERCIER, A.; DESPINOY, M.; MENKÈS, C. E.; DUPONT-ROUZEYROL, M.; NIKOLAY, B.; TEURLAI, M. Socioeconomic and environmental determinants of dengue transmission in an urban setting: an ecological study in Nouméa, New Caledonia. PLoS Negl Trop Dis, v. 11, n. 4, 2017.

Downloads

Publicado

20.05.2022

Como Citar

Nascimento, Éshylla M. S. do, & Silva, A. B. da. (2022). Aplicativo para dispositivos móveis para divulgar a biologia e as formas de transmissão do Aedes Aegypti L. (Diptera: Culicidae). Revista Informação Em Cultura (RIC), 4(1). https://doi.org/10.21708/issn2674-6549.v4i1a8597.2022

Edição

Seção

ARTIGO

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)