Perspectivas de (não) soberania em Michel Foucault: da sociedade disciplinar às técnicas de governo pastoral

Autores

  • Alex Rosa PUC-RS

DOI:

https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v6.n11.p39-58.2022

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar a insuficiência de um modelo jurídico-soberano como forma de análise das relações de poder contemporânea.  Orientando-se pelo método arqueológico, a pesquisa apresenta como hipótese a insuficiência dos modelos de análise jurídicos-soberanos em compreender as dinâmicas de poder, tendo em vista que essas têm seu funcionamento melhor observado a partir de uma microfísica do poder. Para tal, uma revisão bibliográfica na vasta obra de Michel Foucault constitui a matéria base para pesquisa. No itinerário proposto por esse estudo, a temática será abordada num primeiro momento com a caracterização da microfísica do poder, seguida por uma leitura da transição do ancien regimen  à chamada sociedade disciplinar -  associada ao dispositivo biopolítico – e desembocando nas técnicas de direção de consciência, no poder pastoral, ou seja, na dimensão da subjetividade que passa a ser foco das relações entre governantes e governados, explicitando a diferença que constitui o paradigma moderno do governo/população face à analises jurídicas organizadas pela ideia de soberano/povo.

 

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Biografia do Autor

Alex Rosa, PUC-RS

É graduado em direito, graduado em filosofia, mestre em direitos humanos pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e doutorando em Filosofia pela Pontífice Universidade Católica (PUC-RS) (Bolsista CAPES). Membro do grupo "Guattari, leitor de Lacan". Foi professor e coordenador do curso pré-vestibular comunitário Navegar, hoje atua como professor de Filosofia em unidades prisionais e ensino CEJA.

Publicado

17-08-2022

Edição

Seção

FLUXO CONTÍNUO