Conservação das culturas de matrizes africanas e afro-brasileiras no contexto do capitalismo verde
DOI :
https://doi.org/10.21708/issn2674-6549.v1i1a8307.2019Mots-clés :
Capitalismo, Desenvolvimento sustentável, Economia verde, Culturas Afro-brasileiras, Capitalism, Sustainable development, Green economy, Afro-brazilian culturesRésumé
Português
O presente artigo objetiva discutir sobre vivência das matrizes africanas e afro-brasileiras a partir da visão da hegemonia do paradigma sociocultural dominante moderno, industrializador da natureza. Como procedimento metodológico, utilizou-se a pesquisa bibliográfica sob uma abordagem qualitativa, que ocorreu por meio de base impressa e base eletrônica, utilizando a plataforma da Scientific Electronic Library Online (Scielo) e do Google Acadêmico. Para tanto, traz uma abordagem sobre o capitalismo pós-Revolução Industrial e as tensões modernas do “capitalismo verde” sobre o signo da sustentabilidade desenvolvimentista, também nos “espaços” dos terreiros. Conclui-se, então, que as matrizes afro-brasileiras, ao se relacionarem diretamente pelos seus rituais, preceitos e segredos com o meio ambiente, sofrem a pressão provocada pelo pensar mercantilista e globalizado do homem moderno. Isso que dificulta a sua sobrevivência em meio a tantas destruições do meio natural, pois afirmam que é da natureza que emanam as forças inspiradoras à manutenção dessas matrizes pelo desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e sobrevivência.
English
This article aims to discuss about the experience of African and African-Brazilian cultures from the perspective of the hegemony of the modern dominant sociocultural paradigm, which industrializes nature. As a methodological procedure, the bibliographic research was used under a qualitative approach, in which the bibliographic survey was carried out by means of a printed database and electronic base using Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Academic Google platform. To this end, it brings an approach about capitalism post-industrial revolution and the modern strains of "green capitalism" on the sign of developmental sustainability, also in the "spaces" of the terreiros. It is concluded that the African-Brazilian to relate directly, by their rituals, precepts and secrets, with the environment, are under pressure caused by mercantilist and globalized thinking of the modern man. This makes it difficult to survive amid such destruction of the natural environment, because they say that from the nature emanate inspiring forces maintaining these headquarters for the development of coping strategies and survival.